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Made in Brazil Folha pede explicações a Marcelo Tas sobre pane na Telefônica. Comediante não acha graça

Marcelo Tas tem uma espécie de acordo com a Telefônica no Twitter: ele twitta links que acha bacanas com a tag "#xtreme" ou algo assim, para divulgar o serviço de banda ultra-larga da empresa. Nós fazemos algo mais ou menos parecido: há todo um canal patrocinado pelo Trio Xtreme, relacionado a séries de TV e conteúdo em HD. Há uma separação entre as coisas, está claro? Ao menos parece que vocês espertos leitores do Gizmodo entendem. Por aqui há espaço para falar das coisas sem-noção do MacGayver ou mandar spoilers de House com o patrocínio da Telefônica, assim como há um post detalhado e crítico quando o povo sofre com uma pane do Speedy. A diferença é que ninguém me mandou e-mail "pedindo explicações" sobre os problemas da Telefônica. Mas fizeram isso com o pobre do Tas no Twitter.  Foram 52 twitts "revoltados", mais precisamente. Até a Folha de S. Paulo foi pedir explicações ao Tas. O comediante não achou graça e desligou o telefone na cara da repórter. Ok, estou encurtando o causo. A história é um pouco mais divertida que isso, really.

Era sexta-feira, feriadão, e aparentemente só eu, o Kimura e a Marina Lang, colaboradora da Folha, estávamos trabalhando. Meio sem ter sobre o que escrever (afinal, não há "encenações da sexta-feira da Paixão", o enche-linguiça clássico da TV, no Twitter), ela sacou a polêmica Telefônica e Tas. Deu como manchete "Garoto-propaganda da Telefônica, Marcelo Tas recebe críticas durante pane". E listou alguns dos twitts de gente revoltada com o apresentador do CQC. Coisa importante, saca só:

Aí foi apurar com o Tas o que ele achava disso. O trecho é bem divertido (e não está mais no site da Folha, mas você acha aqui):

Tas disse ainda que não é porta-voz “nem da Telefônica, nem da Pepsi, nem da Skol, de nenhum dos patrocinadores”, e que, portanto, não tem “nada a dizer” sobre a pane do Speedy. Não quis responder qual provedor usa e, questionado se as críticas o fariam rescindir o contrato com a Telefônica, desligou o telefone. 

Ficou meio feio (pra Folha), né? Hoje, provavelmente quando o editor ou editora chegou do feriadão, jogaram um "Erramos" embaraçoso com cara de aula de matemática.

O que aprendemos hoje, amiguinhos? "Centenas" são sempre múltiplos de 100, e não de 10. =) 

UPDATE: Marina Lang respondeu aqui nos comentários:

"Centenas certamente não são dezenas. No entanto, devo sublinhar que meu erro, assumido de imediato, foi retificado, contabilizado e corrigido antes mesmo da publicação da reportagem, cuja "apuração" foi trabalhosa e ultrapassou a Sexta-Feira Santa, garanto. De qualquer forma, peço desculpas a vocês e aos leitores. Ao Tas, fiz imediatamente, no momento da entrevista. Cabe ressaltar que, para mim, não há embaraço algum. Assim como o Tas não tem nada a ver com a pane, o trabalho jornalístico igualmente não tem nada a ver com a correlação crítica dos internautas. Cordialmente, Marina Lang. "

Ei, Marina, você não deve desculpas à gente de forma alguma. E relaxa, confundir dezenas e centenas é besteira que todo mundo faz, de verdade – e que a Folha, ainda bem, sempre conserta. O meu ponto no post é outro – e o povo dos comentários aí em cima viu – é justamente como as pessoas (até a Folha, de certa forma) realmente colocaram o Tas como porta-voz da Telefônica, o que eu acho bobagem. Eu faço piada um pouco do trabalho jornalístico, especialmente o trabalho jornalístico de feriado – já cobri carnaval e ano novo, e me permito tirar sarro da situação de quando em vez. Cada um fazendo o seu trabalho, ok? me desculpe se o post me pareceu desrespeitoso à sua pessoa. E passe aqui mais vezes, vai? =)

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