Made in Brazil Google quer trazer Streetview, notícias históricas e aplicação “verde” para o Brasil
A semana passada foi fortíssima em relação a notícias do Google. No evento para desenvolvedores, o mundo ficou maravilhado com o Google Wave e a Lei de Page foi postulada. Aqui no Brasil, durante o Google Press Summit 2.0, foi anunciado o Android no Brasil – sem muitos detalhes – e foi comentado (para o IDG Now!, acertado) a parceria com a Fiat para a vinda dos carrinhos do Google Street View, funcionalidade em 3D para o Google Maps. E mais: o Google News poderá ter notas menos frescas (digamos, de 100 anos atrás) e o Powermeter, aplicativo "verde" do gigante de buscas, pode pintar em terras nacionais. Detalhes a seguir.
Ainda não se sabe ao certo os termos da parceria da montadora italiana. Alguns especulam que seja apenas para que a fabricante esteja nas páginas do Maps, já outros acreditam que seus carros serão usados (ao invés de triciclos?) para passear pelas vielas e becos nacionais, o que parece mais provável, tirando imagens que com certeza vão incluir algum flagrante (delito talvez). O Google por enquanto não quer comentar sobre o assunto mas espera-se que a confirmação do Brasil como décimo país a receber o serviço venha nas próximas semanas.
Josh Cohen, gerente de Comunicação do Google News anunciou que conteúdo histórico será inserido na base de dados. "Estamos trabalhando para oferecer notícias de até 100 anos atrás" disse no Press Summit afirmando que este é o foco para os próximos trimestres. Cohen disse reconhecer a dificuldade em encontrar conteúdo anterior à década de 90 e para isso está trabalhando para concretizar parcerias com jornais a fim de digitalizar o acervo.
Algo mais? Sim, o Google quer que você repense seu consumo de energia em tempo real. Powermeter, o software da empresa que permite controlar os gastos em energia elétrica, está a caminho da América Latina, segundo Urs Höelzle, vice-presidente sênior de operações. Para tanto são necessárias parcerias com empresas de transmissão de eletricidade para compartilhar os dados das leituras de consumo, o que segundo Höelzle vem sendo foco no mundo todo.
A coisa toda parece muito boa mas a tecnológia usada no Brasil não parece permitir que o Powermeter chegue com facilidade já que as leituras são feitas presencialmente por um funcionário da companhia todo santo mês, ou seja, nada é enviado automaticamente via redes de telecomunicação à central da companhia energética, o que impossibilita qualquer tentativa de medição diária como propõe o Google.
De toda forma a inicativa faz parte de um pacotão de intenções ecológicas que incluem os data centers otimizados da companhia que emitem 50% menos carbono se comparados à media da indústria tecnológica, além do uso de tecnologias que gerem menor contaminação e sempre ressaltando que a Internet é uma forma de evitar deslocamentos físicos que fatalmente emitiram muito mais gases poluentes. Lembra-se do ecoGNight, o Google não acha necessário mas nunca é demais economizar energia.