Made in Brazil Oi se oferece para universalizar banda larga. Por R$ 27 bilhões

Governo: Dona Oi, tô querendo levar banda larga mais barata pra todo mundo. Ia colocar a Telebrás pra cuidar disso, mas dá um trabalho danado... Dona Oi: O senhor se preocupa não, senhor governo. Eu faço o silviço pro senhor. Governo: Ufa! Dona Oi: Mas ó. Não é muito barato não. Somando as diárias, mais os 3 pedreiros, dá 27 BILHÕES DE REAIS. Governo: Mas aí nesse preço a internet fica de graça pra todo mundo, né? Dona Oi: Fica não. Fica R$ 35 por cabeça. Governo: Mas você já cobra R$ 40! Dona Oi: Sem chorar. Vai querer que eu faça o serviço ou não?

Eu estou fazendo uma reforma em casa há semanas, e fiz um mashup de conversas de empreiteiros/encanadores com essa notícia que li na Folha. Mas é mais ou menos isso: a Oi se ofereceu para levar a cabo o plano de universalização da banda larga do governo, cobrando módicos R$ 27 bilhões em isenções fiscais, incentivos e outras maneiras bonitas de se falar dinheiro. Ela se aproveitaria da estrutura de fibras ópticas ociosa e levaria internet de 600 kbps  a R$ 35 para seus assinantes – R$ 60 para quem não é.

Acompanha fritas, Oi?

O que pode parecer mais bizarro é que algumas pessoas do Ministério das Comunicações do Planejamento e Casa Civil ficaram felizes com a proposta da Oi. Não porque querem pagar muito caro – muito pelo contrário. O projeto original do governo previa investimentos de R$ 8 bilhões e a reativação da Telebrás. Internamente, o governo federal havia achado isso caro. Devem ter falado algo do tipo "vá ver quanto alguém lá fora cobra". E agora que o preço da "alternativa" foi revelado, é mais provável que se resolva tudo em casa, sem a iniciativa privada. A Folha fez um infográfico interessante para entender a confusão. [Folha]

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