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O espaço Made by Google quer convencer você a comprar as últimas novidades da empresa

O Google montou um espaço de exibição em Nova York chamado Made by Google com seus principais lançamentos.

Os reviews dos smartphones Pixel, do Google, foram bem positivos, e os outros gadgets apresentados pela empresa, como o Google Home, também foram bem avaliados pela crítica. Porém, como convencer o consumidor a comprar um produto do qual ele só ouviu falar, sem poder experimentá-lo numa loja física?

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Para ajudar nessa decisão, o Google montou um espaço de exibição em Nova York chamado Made by Google com seus principais lançamentos. Aberto em 20 de outubro, o local permite que quem passe por lá mexa no Google Pixel, Pixel XL, no headset de realidade virtual Daydream View e no Google Home. Não se trata de uma loja – as compras são feitas online – e sim de um local para experimentar.

Nos países em que os produtos já estão à venda ou em processo de pré-venda, há também quiosques com os dispositivos, mas é geralmente algo simples. Em uma Best Buy da Broadway Street, aqui em Nova York, por exemplo, só há um pequeno estande com dois smartphones Pixel presos e ponto.

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Pixel

Da parte dos smartphones, já falamos bastante sobre eles: têm ótimo hardware, uma excelente câmera e um Google Assistant promissor — por ora, não é lá muito efetivo, mas com o tempo deve melhorar. Dentre as novidades, estão as capinhas Art Works.

Quando conectada ao smartphone, ela adapta a tela ao sistema de cores da capinha. Algo curioso mostrado no espaço de exibição é que a tela do aparelho começa a exibir assuntos que estão sendo comentados, segundo o Google Trends. Para saber mais sobre o conteúdo, o usuário deve apertar um botão que fica na parte traseira da capa, que vai retornar uma busca com informações sobre o assunto.

Não é nada sensacional, mas pode ajudar quem tiver de bobeira e não saber quais são os assuntos do momento — ou simplesmente incomodar, pois fica gastando dados em segundo plano a toda hora.

Há ainda um espaço para mostrar como a câmera do Pixel se sai bem em ambientes escuros. E outra estrutura fala das vantagens de usar o Google Fotos — a esfera com várias telas, por exemplo, mostrava imagens temáticas. Exemplo: mar. Aí, a aplicação do Google mostra todas as fotos que contenham mar. No fundo, é para falar no poder de inteligência artificial da ferramenta do de fotos da companhia; os compradores do Pixel contarão com armazenamento ilimitado.

Um eyes-on no Daydream View

Um dos itens mais concorridos para teste era o headset de realidade virtual do Google, o Daydream View. Não necessariamente por ser o mais legal, mas por ser um dos primeiros contatos das pessoas com a tecnologia.

Foi possível constatar isso nos 15 minutos que fiquei na fila para usar o headset. A pergunta que antecedia o procedimento de encaixar o Pixel no aparelho era sempre: você já usou alguma vez na sua vida isso? Quase ninguém tinha tido a experiência.

Após a espera, finalmente chegou minha vez. Na primeira vez que coloquei, o dispositivo estava com as lentes embaçadas. O aparelho voltou e, mesmo assim, não estava 100% — para ficar bom, tinha de ajustar melhor o feixe para deixá-lo mais próximo ao meu resto, mas decidi continuar forçando os óculos contra meus olhos, já que havia mais dez pessoas para testar o produto.

A primeira animação que vi foi uma com criaturas pré-históricas. Foi bem legal ver um bicho do mar gigantesco deixar de ser uma espécie de fóssil exposto numa parede para se tornar vivo e comer peixes na minha frente. Também experimentei o game Animais Fantásticos e Onde Habitam, da autora da saga Harry Potter. Neste jogo em específico, só consegui manipular uns livros e umas poções com a ajuda do acessório que vem junto com o headset.

De modo geral, vestir por pouco tempo o headset foi bem tranquilo. Resta saber como deve ser em longas horas de jogo, por exemplo, e a quantidade de conteúdos que será disponibilizado — o Google já prometeu parcerias com os principais players do mercado.

Google Home

O menos badalado dos itens, pelo menos durante minha visita ao local, o Google Home quer ser um assistente e uma espécie hub de conexão de sua casa conectado à internet. “Ok, Google, tocar minha playlist de hip hop” – ele vai lá e reproduz as músicas. É praticamente um Google Now, só que integrado aos itens conectados de sua casa.

Com ele, também é possível usar comandos de voz para consultar informações, como as calorias de alimentos; definir lembretes; e até o controlar as luzes da casa — para isso, são necessários produtos compatíveis, como as Hue, da Philips, que estavam expostas na área de demonstração do local.

Se você tem uma TV com Chromecast, poderá dizer ao Google Home: “Ok, Google, rodar vídeo da Indonésia em 4k”. Na apresentação foi ressaltada a resolução, pois a televisão estava equipada com o novo Chromecast Ultra.

A experiência foi até interessante: os comandos foram executados com clareza — a questão é como que isso se sairia numa casa grande. O espaço em que a demonstração foi feita, por fins práticos, imagino, era relativamente pequeno e isolado por paredes de vidros.

Nenhum dos dispositivos tem previsão para estreia no Brasil. Porém, se chegarem, o Google poderia fazer algo do tipo – talvez um pouco parecido com o que já ocorre com os dispositivos da Quantum, que contam com estandes em determinadas localidades, ou algum tipo de parceria com varejistas para terem um espaço do tipo Made by Google.

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