Máquina de dinheiro realiza sonhos de infância

Quando o assunto é dinheiro, eu tenho duas memórias infantis: a primeira era acreditar que sempre que quisesse, minha mãe podia pagar tudo com cheque, como se ele fosse dinheiro infinito. “Mas, Leo, eu não tenho dinheiro”, ela dizia. “E daí, mãe, passa um cheque, eu quero um Cavaleiro do Zodíaco, pô”. A segunda foi uma criação bem capitalista da minha mente, uma máquina que imprimia dinheiro, depois que eu descobri o que era "cheque sem fundo". Anos se passaram e está aí a prova de que eu sou um visionário míope: a Veris Faculdade está instalando máquinas que dão dinheiro. Pena que é de mentira.

Quando o assunto é dinheiro, eu tenho duas memórias infantis: a primeira era acreditar que sempre que quisesse, minha mãe podia pagar tudo com cheque, como se ele fosse dinheiro infinito. “Mas, Leo, eu não tenho dinheiro”, ela dizia. “E daí, mãe, dá um cheque, eu quero um Cavaleiro do Zodíaco, pô”. A segunda foi uma criação bem capitalista da minha mente, uma máquina que imprimia dinheiro, depois que eu descobri o que era "cheque sem fundo". Anos se passaram e está aí a prova de que eu sou um visionário míope: a Veris Faculdade está instalando máquinas que dão dinheiro. Pena que é de mentira.

Como uma máquina comum dessas que vendem salgadinhos e refrigerantes – que depois evoluiram para venda de livros, comidas mais bacanas etc – a ação de marketing da faculdade, para aumentar o número de inscritos no vestibular, deverá enganar um ou outro cidadão desapercebido. A ideia é “oferecer uma experiência de choque de realidade” e para isso nada melhor do que usar “uma máquina que faz parte do imaginário popular”. Aham. O slogan também apela para o seu lado pobretão: "Se a vida fosse assim, seria fácil. Na vida real a história é outra".

Elas serão instaladas em shoppings de quatro cidades do estado de SP (São Paulo, Campinas, Sorocaba e São José dos Campos), e já está rolando no Shopping Santa Cruz, na capital paulista, onde você pode retirar notas de 100, 50, 20, 10 e 5 reais – nota de 2 mangos, pelo jeito, é muito pouco, e nota de 1 real já virou lenda urbana. A ideia é distribuir quase 4 milhões de falsos reais, em mais de 100 mil notas.

Se isso vai fazer você prestar o vestibular da Veris já é outra história, mas já dá para fazer uma arrecadação e atualizar o dinheiro do seu Banco Imobiliário, já que as cédulas são 25% menores do que as comuns. Ou no mínimo brincar de Sílvio Santos, fazer uns aviõezinhos e sair gritando por aí “quem quer dinheiro?” na praça de alimentação. [Exame.com]

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