Marathon para iPad mostra a tendência de jogos gratuitos que faturam muito dinheiro
Antes de Halo, existia Marathon, a trilogia de shooters para Mac feita pela Bungie quando a empresa ainda nem sonhava em desenvolver para a Microsoft. Agora o primeiro jogo da série chega ao iPad, de graça. Ou quase.
Esfregando na nossa cara uma tendência que já está aí há algum tempo, Marathon tem um sistema meio diferente para te fazer gastar dinheiro. Você paga não pelo jogo em si, mas sim para desbloquear certas opções individuais dentro dele. No caso do Marathon, há um “modo HD” com texturas mais modernas, que custa US$ 4, e um “modo Master Chief”, por US$ 1, que basicamente deixa o seu personagem invencível, com todas as armas, munição infinita e seleção de fases habilitada – o que pode ser uma mão na roda, já que o jogo é bem difícil. E, na real, envelheceu meio mal com o tempo, com o movimento travadão dos primeiros shooters como Doom. Se você, literalmente, sobreviver, a história contada não terminais é bem rica.
O que é interessante aqui é o modo de cobrança, que deixa claro o pensamento de que alguns jogos estão se tornando uma espécie de “serviços” em vez de produtos, a evolução do modelo shareware de PC – tal “freemium”. Neste exato momento que digito, entre os 10 jogos que mais faturam no iPad há 6 “gratuitos”, como Smurf’s Village, Tiny Tower, We Rule ou Tiny Zoo. Jogar é de graça. Quer dinheiro para levantar a sua torre mais rápido? Dois dólares, por favor. A tendência é que cada vez mais jogos assim apareçam, como mostra uma recente pesquisa da Flurry:
É um modelo que tem agradado basicamente todo mundo. E fazer as coisas dessa forma também é um golpe contra os pirateiros, já que todos eles ficam felizes em conseguir de graça um produto pelo qual os outros pagam, mas poucos se contentam em ter um serviço incompleto. Se você baixou o jogo, conte-nos o que está achando – e se os conteúdos adicionais parecem valer a pena ou não. [Marathon, via TouchArcade]