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O que são e o que fazem estas marcas chinesas que aparecem nos jogos da Copa?

Se você é um telespectador atento, deve ter reparado que há uma coisa diferente nessa Copa do Mundo além do VAR. Basta dar uma olhadinha nas placas de publicidade na beira do gramado entre um lance e outro para reparar que há algumas marcas chinesas entre os patrocinadores: Wanda Group, Hisense, China Mengniu Dairy e […]

Se você é um telespectador atento, deve ter reparado que há uma coisa diferente nessa Copa do Mundo além do VAR. Basta dar uma olhadinha nas placas de publicidade na beira do gramado entre um lance e outro para reparar que há algumas marcas chinesas entre os patrocinadores: Wanda Group, Hisense, China Mengniu Dairy e Vivo.

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O Wanda Group, ou Dalian Wanda, é um conglomerado controlado pelo bilionário chinês Wang Jianlin. Com uma fortuna estimada em mais de US$ 23 bilhões, ele é a quinta pessoa mais rica do país.

O Wanda Group possui empreendimentos imobiliários, hotéis de luxos, redes de salas de cinema e até mesmo uma fatia do clube de futebol espanhol Atlético de Madrid. O estádio do time, inclusive, leva o nome do grupo. O Wanda Group é um Parceiro Fifa, a categoria mais alta de patrocínio.

Hisense e Vivo talvez sejam mais conhecidas do público ocidental, até por usarem o alfabeto romano em seus logos. A Hisense produz televisores e eletrodomésticos. Ela comprou o setor de TVs da Toshiba no final do ano passado, inclusive.

Já a Vivo não é a operadora de telefonia que oferece seus serviços no Brasil, e sim a fabricante de smartphones. Nós já falamos um pouco sobre alguns aparelhos deles aqui no Gizmodo, como o Vivo Nex.

Por fim, a China Mengniu Dairy é uma fabricante de laticínios. Ela tem ninguém menos que Lionel Messi como garoto propaganda.

Onde estão as marcas que sempre tiveram nas Copas?

Agora sabemos quem é quem nas marcas que aparecem ali ao lado do campo. Legal. Mas por que elas estão lá? “Elas pagaram por isso, dã!” Claro, mas não é só isso. Precisamos voltar a 2015 para começar a responder essa pergunta.

Naquele ano, o escândalo conhecido como Fifagate veio à tona. Dirigentes de todo o mundo foram presos por corrupção. Isso fez muitas marcas tradicionais, como Sony, Emirates, Castrol, Continental e Johnson & Johnson’s, romperem com a entidade máxima do futebol.

Em 2016, o prejuízo registrado pelo órgão foi de US$ 369 milhões, de acordo com o jornal inglês The Guardian. Isso foi uma ótima oportunidade de negócio para as empresas chinesas, que conseguiram visibilidade por uma bagatela.

Além disso, é possível que as empresas chinesas estejam procurando aumentar sua influência na Fifa como forma de favorecer o futebol do país. Em 2016, a Wanda Sports Holdings entrou em acordo com a entidade para realizar anualmente a China Cup, torneio amistoso em Nanning, com a participação da seleção nacional mais três convidadas.

[Nikkei Asian Review, The Guardian, Gazeta do Povo]

Imagem do topo: FIFA/divulgação

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