Marcas d’água podem mudar previsão do tempo para serviços de música na nuvem

O pessoal da indústria da música não ficou muito feliz com a decisão da Amazon de lançar um serviço que funciona como um baú para suas músicas, onde qualquer um poderá guardar até 5GB de MP3s e fazer streaming delas em qualquer computador conectado a internet ou por meio do aplicativo Cloud Player, para Android, […]

O pessoal da indústria da música não ficou muito feliz com a decisão da Amazon de lançar um serviço que funciona como um baú para suas músicas, onde qualquer um poderá guardar até 5GB de MP3s e fazer streaming delas em qualquer computador conectado a internet ou por meio do aplicativo Cloud Player, para Android, sem necessidade de dar um centavo sequer à Amazon ou aos donos dos direitos autorais.

Em uma carta enviada à Amazon na última semana, Jay Rosenthal, conselheiro geral da Associação dos Publicadores de Música dos EUA escreveu (de acordo com o NY Post):

As preocupações específicas são graves questões levantadas como, entre outros, o afrouxamento das proteções de privacidade e a falta de inclusão de componentes de filtragem que possam identificar arquivos de músicas legais dentro do baú do usuário.

Sobre esses “componentes de filtragem”: não há como um serviço de arquivamento de música saber quais arquivos foram comprados legitimamente, ripados de CDs do próprio usuário, baixados de um torrent ou encontrado num mediafire da vida.

Mas há um modo não muito óbvio de a Amazon descobrir quais MP3 foram compradas de sua própria loja: colocando marcas d’água nas músicas, algo que eu já confirmei que algumas gravadoras estão enfiando dentro dos MP3s vendidas no site. Essas marcas d’água não identificam qual usuário comprou o arquivo, mas especificam se a música em questão foi comprada pela loja de MP3 da Amazon.

A Apple foi além, colocando o número de identificação único do usuário em todas as canções “sem DRM” compradas no iTunes. E no mês passado, a Universal Music Group, maior selo musical do mundo, lançou uma implementação de referência para adicionar identificadores únicos em arquivos de música, com a mesma ideia na cabeça.

As gravadoras e outras partes envolvidas preocupadas com o caso não podem forçar os novos baús musicais a utilizar uma varinha mágica que permita apenas músicas legalmente adquiridas em seus sistemas. Simplesmente pelo fato de que essa varinha não existe.

No entanto, eles podem entrar com um ação — algo não tão mágico — forçando Apple, Amazon, Google e outras empresas que se envolvam com sistemas de armazenamento em nuvem a permitir o arquivamento apenas de músicas com marca d’água adquiridas de alguma loja “legítima”.

Se isso acontecer, os usuários perderão a habilidade de subir músicas de CDs ripados por eles mesmos, MP3s baixadas de blogs que têm permissão de distribuição de tal música e outros casos de distribuição legítima.

Sendo assim, o sistema de baús de música não seria o primeiro a ser eliminado pela indústria da música. (Foto por Flickr/Nicholas_T)

O Evolver.fm observa, acompanha e analisa o mundo dos aplicativos de música, com a crença de que trata-se de algo crucial para a experimentação humana com música, e quão envolvente é essa experiência.

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