_Ciência

Marido doa cérebro de esposa e órgão ajuda a condená-lo por assassinato

Diane Stewart faleceu em 2010 e teve seu corpo cremado. Restaram apenas partes de seu cérebro, que agora são provas de um assassinato.

Cérebro assassinato

Imagem: Robina Weermeijer/Unsplash/Reprodução

Diane Stewart morreu no dia 25 de junho de 2010, em Cambridgeshire, no leste da Inglaterra. Na época, seu marido, Ian Stewart, ligou ao resgate alegando ter encontrado a esposa desmaiada no quintal após lavar a roupa. Os médicos declararam morte súbita por epilepsia. 

Por escolha do marido, o corpo de Diane foi cremado. Restou apenas partes do seu cérebro, que foram doadas para pesquisa com consentimento de Ian. Anos depois, o órgão ajudaria a solucionar um crime de assassinato

O caso de Diane ficou arquivado por seis anos, até a morte da escritora Helen Bailey. A moça que estava noiva de Ian, ficou desaparecida durante três meses. Seu corpo foi encontrado em uma fossa embaixo de sua casa.

Helen era dona de uma fortuna de quase 4 milhões de libras (R$ 28 milhões), e Ian parece ter drogado e sufocado a moça para herdar seu dinheiro. Depois da história envolvendo o assassinato, as autoridades começaram a considerar que a morte de Diane poderia não ter sido tão natural assim. 

Como foi dito, o corpo da britânica foi cremado, o que impedia uma nova autópsia detalhada. Restou apenas seu tecido cerebral, que foi então analisado novamente por profissionais da saúde. 

Médicos envolvidos na análise identificaram dano às células causado à falta de suprimento de oxigênio no sangue. Em resumo, Diane parece ter ficado sem respirar por mais de 30 minutos.

Além disso, não havia sinais de convulsão recente, levando a crer que Ian havia sufocado ou utilizado algum tipo de droga para matar sua esposa.

As motivações para o ataque parecem ser financeiras, já que Ian recebeu cerca de 100 mil libras (R$ 706 mil) após a morte de Diane, incluindo seguro de vida e o remanescente de suas contas bancárias. Agora, os dois homicídios levaram Ian Stewart a ser sentenciado à prisão perpétua.

Sair da versão mobile