Como um matemático hackeou um site de namoro em busca do amor

Matemáticos, em geral, não são conhecidos por suas habilidades sociais. Mas Chris McKinlay, de 35 anos, percebeu que poderia usar suas habilidades analíticas em busca do amor, hackeando o OkCupid. A Wired fez uma bela reportagem sobre como o doutorando da UCLA decidiu que “deveria namorar como um matemático”. Para isso, ele usou o OKCupid, bastante […]

Matemáticos, em geral, não são conhecidos por suas habilidades sociais. Mas Chris McKinlay, de 35 anos, percebeu que poderia usar suas habilidades analíticas em busca do amor, hackeando o OkCupid.

A Wired fez uma bela reportagem sobre como o doutorando da UCLA decidiu que “deveria namorar como um matemático”.

Para isso, ele usou o OKCupid, bastante popular nos EUA. O site, criado por matemáticos de Harvard, pede que os usuários respondam a uma quantidade enorme de perguntas – cerca de 350 entre milhares – envolvendo diversos assuntos, de sexo a política. Isso é usado para medir a compatibilidade entre duas pessoas.

Mas Chris percebeu que sua compatibilidade com mulheres em Los Angeles – calculada pelo OkCupid – era péssima. Por isso, ele decidiu mudar as coisas. A Wired diz como:

Enquanto Chris fazia seu trabalho de dissertação, ele se dedicou a criar 12 perfis falsos no OkCupid e escrever um script em Python para gerenciá-los. O script procurava seu público-alvo (mulheres heterossexuais ou bissexuais entre 25 e 45 anos), visitava as páginas delas, e vasculhava seus perfis procurando todo tipo de informação disponível: etnia, altura, fumante ou não-fumante, signo astrológico – “toda aquela porcaria”, diz ele.

Para encontrar as respostas da pesquisa [de compatibilidade], ele tinha que fazer um trabalho extra. O OkCupid permite que você veja as respostas dos outros, mas apenas para as perguntas que você também respondeu. McKinlay configurou seus bots para simplesmente responder a toda pergunta de forma aleatória – ele não estava usando os perfis fictícios para atrair mulheres, por isso as respostas não importavam – e então recolheu as respostas das mulheres em um banco de dados.

Só que o OkCupid nota quando o perfil pode ser falso, e o bloqueia sem muita cerimônia. Por isso, McKinlay fez seus bots parecerem mais humanos, até colher os dados – incluindo 6 milhões de respostas – que o levaram a um “grupo dourado” de mulheres: o grupo no qual ele teria uma chance de encontrar o amor verdadeiro.

E ainda assim, o processo foi difícil. O primeiro encontro foi meio tenso: ele diz que, “até aquele ponto, tudo era basicamente um exercício acadêmico”. Ele passou por mais de 55 encontros, cada um catalogado em um pequeno caderno. “Só 3 levaram a um segundo encontro; só 1 levou a um terceiro encontro.” Mesmo assim, ele ainda recebia vinte mensagens por dia de mulheres interessadas, e continuou a sair com elas.

Aí chegou a mensagem de Christine Tien Wang, uma artista de 28 anos. Eles tinham 91% de compatibilidade. Após se encontrarem, ele sentiu a conexão imediatamente. E quando ela confessou que ajustou o próprio perfil para falar com ele, Chris revelou todo o esquema dele: os scripts, os perfis falsos, tudo.

“Eu gostei”, disse ela. Eles vão se casar.

Todos os detalhes estão na ótima reportagem da Wired, e claro que vale a leitura. Confira aqui: [Wired]

Imagem por Alice Bartlett/Flickr

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