MediaTek democratiza o acesso de tecnologias para o mercado de smartphones intermediários

A interconexão provocada pela computação na nuvem e multiplataforma, Internet das Coisas e avanços na Inteligência Artificial abre espaço para uma revolução chamada Indústria 4.0. A primeira Revolução Industrial, ou Indústria 1.0, começou há quase 300 anos, quando iniciamos a mecanização de processos. A Indústria 2.0 surgiu quase cem anos depois, catalisada por avanços científicos […]
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A interconexão provocada pela computação na nuvem e multiplataforma, Internet das Coisas e avanços na Inteligência Artificial abre espaço para uma revolução chamada Indústria 4.0.

A primeira Revolução Industrial, ou Indústria 1.0, começou há quase 300 anos, quando iniciamos a mecanização de processos. A Indústria 2.0 surgiu quase cem anos depois, catalisada por avanços científicos no aproveitamento de energia elétrica. A Indústria 3.0 foi o início da mudança de sistemas mecânicos, analógicos para sistemas digitais e coincidiu com o início da computação e a explosão eletrônica. Chips de circuito integrado, transistores, placas lógicas digitais, a onipresença de telefones e, em seguida, computadores pessoais e celulares, apressaram a transição para maior automação na produção. 

A Indústria 4.0 é a extensão inevitável da Indústria 3.0. Não há mais distinção específica entre hardware e software. Eles trabalham juntos como uma entidade de computação homogênea para executar a função para a qual foram projetados. É uma época de casas inteligentes, carros conectados e autônomos, smart TVs, assistentes pessoais.

Talvez os dispositivos que melhor representem o crescimento exponencial dessa era sejam os smartphones – e mais do que isso, suas capacidades absurdas de processamento sendo democratizadas. Hoje é inconcebível a sociedade viver sem esses aparelhos – e eles não são mais o privilégio de alguns. Estão nas mãos  de bilhões de pessoas em todo o mundo, em diferentes formatos, com diferentes preços, mas com poderes razoavelmente equalizados. É claro que sempre existirá uma disparidade entre o topo de linha e o mais básico, mas o mercado de intermediários (aparelho que giram em torno de R$ 1 mil e 2 mil) hoje dá conta do recado e cria um senso de comunidade e pertencimento que só uma tecnologia que já está amplamente implementada consegue.

Uma das companhias que sustenta toda essa inovação é a MediaTek. Com sede em Taiwan, ela é uma fabricante de processadores para que vem surpreendendo por aliar preços baixos e excelente desempenho. Destaque inclusive da Wired, lá em 2013, que ressaltava que a fabricação em larga escala permitia à companhia taiwanesa oferecer preços mais competitivos às suas parceiras. Assim, elas tinham a oportunidade de criar gadgets que aliavam uma ótima experiência multimídia, eficiência energética e preços mais acessíveis.

A MediaTek começou como uma divisão dentro da chinesa United Microeletronics Corporation, responsável por desenvolver processadores para equipamentos eletrônicos. Isso durou até 1997, quando ela se separou e virou uma corporação independente, responsável por dar vida a produtos de diferentes marcas, como Sharp, Acer, Lenovo, ZTE, Alcatel, ASUS e Huawei.

“A MediaTek quer democratizar o acesso à tecnologia em todos os setores que atua”, diz o Gerente Sênior da área de mobile para o Cone Sul da companhia, Hernan Descalzi, em bate-papo com o Gizmodo Brasil. “Embora os smartphones estejam disponíveis para muitos, poucos sabem da aplicação real de Inteligência Artificial no aparelho que está em suas mãos, por exemplo”, ressalta.

“A IA não é uma tecnologia nova, há 50 anos o homem vem trabalhando com ela, mas ela requer que sejam processadas grandes quantidades de dados, de Big Data. Isso necessitava de supercomputadores, mas hoje um smartphone já dá conta do recado e as pessoas não têm noção disso. A MediaTek já tem no mercado chipsets munidos de Inteligência Artificial.”

Lembra que na Indústria 4.0 não há mais distinção específica entre hardware e software?

Para ilustrar, ele usa o exemplo da aplicação de assistentes pessoais. Comando de voz intuitivo, aprimoramento da captura de som, tudo depende de Inteligência Artificial. Tradicionalmente, os dados computacionais tinham que dar uma grande volta do dispositivo até um servidor na nuvem para responder a um comando de uma assistente pessoal digital. Agora, esse processo ocorre muito mais rapidamente.

Outro exemplo de aplicação de IA é na câmera, que hoje consegue identificar até oito tipos de objeto e fazer ajustes automáticos de contraste, brilho e nitidez, além de recursos de Face ID, álbum de fotos inteligente, profundidade de campo de câmera única e câmera dupla. 

“Nossa ideia é trazer as especificações de telefones high-end para o mercado de intermediários. Você não precisa ter o smartphone mais caro para ter poder de processamento. Um exemplo dessa democratização é o Octa-Core, que combina o processamento de maior eficiência energética nos smartphones Android com a tecnologia CorePilot, da MediaTek, permitindo alto desempenho sustentável e bateria de maior duração”, continua Hernan.

Outra tecnologia que bate em nossas portas é o 5G – e a MediaTek já se posiciona para capitalizar uma fatia no mercado. A empresa apresentou recentemente seu primeiro chip 5G e System on a Chip (SoC) de última geração, o Dimensity 1000. Trata-se de uma solução única de chip 5G com um modem 5G integrado, que oferece uma combinação de tecnologias avançadas compactadas em um chip de 7nm e ajustadas para o desempenho 5G.

O Dimensity 1000 5G SoC suporta agregação de 5G de duas portadoras (2CC CA) e possui o SoC de taxa de transferência mais rápida do mundo, com downlink de 4,7 Gbps e velocidades de uplink de 2,5 Gbps em redes sub-6 GHz, segundo a própria MediaTek. O chipset suporta redes sub-6 GHz autônomas e não-autônomas (SA/NSA). Ele também inclui suporte multimodo para todas as gerações de conectividade celular, de 2G a 5G.

A MediaTek não atua somente no mercado de smartphones. Outra área de atuação forte da empresa são os alto-falantes inteligentes. Para entender seu conceito, basta pensar em conectividade: para que os alto-falantes inteligentes funcionem, todos os objetos precisam estar ligados. Nisso entra a internet das coisas, ou IoT (Internet of Things, em inglês). E para processar a inteligência dessa conectividade, entra a MediaTek.

São três pilares que compõem um desses gadgets: microfones, que são praticamente os ouvidos do aparelho; a caixa de áudio, que pode ser analogamente comparada à boca do alto-falante; e o acesso à internet, que, como um cérebro, processa todos os dados neurais e os transformam em ações.

Quer saber mais sobre as tecnologias da MediaTek, suas áreas de atuação e o seu posicionamento perante as inovações que batem à porta? Assista a entrevista completa com Hernan Descalzi.

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