
Megalodonte: tubarão gigante era maior do que os cientistas pensavam
O megalodonte, predador pré-histórico que muitos acreditavam ser uma versão gigante do tubarão-branco, era maior do que se pensava, de acordo com um novo estudo.
Aliás, em 2024, um estudo constatou que a assustadora fera marinha era mais esguia e caçava de uma maneira diferente.
Agora, em um estudo publicado na última semana pela mesma equipe de cientistas internacionais, reavalia a biologia do megalodonte.
Vale ressaltar que tanto o estudo anterior quanto o recém-publicado contam com a participação dos cientistas brasileiros João Paulo da Silva, da Universidade Federal da Paraíba, e Hugo Bornatowski, da Universidade Federal do Paraná.
Os cientistas examinaram a coluna vertebral de fósseis do megalodonte e concluíram que o animal pré-histórico, em termos de forma, era mais similar ao tubarão-limão ou até mesmo uma grande baleia.
De acordo com o estudo, o megalodonte tinha 25 metros, maior que uma quadra de tênis. Além disso, o megalodonte pesava 94 toneladas, pouco menos que a baleia-azul.
Como os cientistas descobriram que o megalodonte era ainda maior?
Os cientistas afirmam que o método de análise da coluna vertebral do megalodonte é mais preciso para determinar o tamanho do tubarão pré-histórico.
“Estudos anteriores simplesmente presumiam que o megalodonte era uma versão gigante do tubarão-branco moderno, mas sem quaisquer evidências”, afirma Kenshu Shimada, principal autor do estudo.
Contudo, os cientistas tiveram um trabalho para chegar a conclusão de que o megalodonte era maior do que se pensava porque não existem fósseis completos do animal pré-histórico.
Desse modo, Shimada e seus colegas usaram fósseis incompletos da coluna vertebral do megalodonte para comparar a estrutura com 165 espécies vivas e extintas de tubarões.
Além disso, os pesquisadores observaram o movimento de grandes tubarões e baleias para deduzir a forma do megalodonte.
No entanto, Shimada ressalta que os cientistas precisam de mais evidências diretas de fósseis para bater o martelo sobre o tamanho do megalodonte.
A propósito, outros cientistas que estudam o megalodonte discordam do novo estudo. Um exemplo é Jack Cooper, da Universidade de Swansea, do País de Gales.
Para Cooper, os cientistas do novo estudo usaram métodos hidrodinâmicos com base em baleias, cujos esqueletos e modos de nadar são completamente diferentes.
Por isso, o cientista ressalta que a conclusão do estudo, sobre o megalodonte ser maior do que se pensava, deve ser tratada como uma hipótese.