Vai ser cada vez menos comum ver testes picaretas de personalidade no Facebook

Um ano após escândalo da Cambridge Analytics, Facebook vai começar a fazer vista grossa com testes de personalidade inúteis na rede social.
Teste de personalidade de um app do Facebook

Os dados obtidos pela Cambridge Analytics foram coletados por meio de um teste de personalidade que rolava no Facebook, o que levou a rede social a um dos maiores escândalos de sua história. Nesta quinta-feira (25), a companhia anunciou que vai fazer jogo duro contra este tipo de teste da plataforma em um comunicado no blog para desenvolvedores.

Ainda que não tenha citado diretamente o escândalo da empresa britânica, a companhia cita que um escrutínio maior em cima deste tipo de app tem como objetivo remover apps de pouca utilidade da plataforma.

Como lembra o Verge, o problema dos testes de personalidade não são eles em si, mas o tipo de acesso que ele fornecia para os desenvolvedores. Então, quem fez o “thisisyourdigitallife”, teste cujos dados pela Cambridge Analytics, acabou cedendo informações de seus amigos, sem entender direito que isto estava em jogo. Diz o anúncio do Facebook:

Nossas políticas da plataforma do Facebook estão sendo atualizadas para incluir provisões que aplicativos com utilidade mínima, como quizzes de personalidade, podem não ser permitidos na plataforma. A atualização também esclarece que os aplicativos não podem solicitar dados que não enriqueçam a experiência do usuário no aplicativo.

Ao navegar nas políticas da plataforma do Facebook, o item sobre aplicativos de personalidade diz que “apps que fornecem (ou dizem fornecer) avaliação de personalidade, atributos pessoais, características de caráter, tendências comportamentais, ou cuja funcionalidade principal envolve previsões sobre quem o usuário é, podem não ser permitidos”.

Ao Mashable, um porta-voz do Facebook disse que “os apps de quiz não serão banidos, mas serão alvo de maior escrutínio.”

A rede ainda informa que passou a vigorar uma política para aplicativos anunciada no ano passado. No caso, a plataforma vai prevenir que desenvolvedores acessem novos dados de usuários se a pessoa não usou o app nos últimos 90 dias.

O anúncio é significativo, pois há mais ou menos nessa data no ano passado ficamos sabendo de como a Cambridge Analytica obteve dados de usuários que, posteriormente, foram utilizados para moldar narrativas políticas. De qualquer jeito, se for reduzir a quantidade de testes picaretas de personalidade na rede, já vai ajudar bastante.

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