A Meta, empresa responsável por Facebook, Instagram e WhatsApp, está buscando acordos para viabilizar o uso energia nuclear para impulsionar seus planos envolvendo inteligência artificial. O objetivo é atender a alta demanda energética de seus data centers.
O grande desafio do uso de energia nuclear é o alto custo da construção de novos reatores. Além disso, instalar um único reator de forma segura e responsável para alimentar um centro de dados é um processo bastante demorado e que pode ser inviável financeiramente.
Por este motivo, uma das soluções que mais tem atraído as grandes empresas de tecnologia norte-americanas são os pequenos reatores modulares, conhecidos pela sigla SMR. Além de serem mais fáceis e rápidos de construir, os custos também são consideravelmente menores.
A volta à energia nuclear
Nas últimas décadas, houve uma tendência global de abandono de usinas nucleares, mas, com o avanço da inteligência artificial, o cenário está mudando aos poucos. A expectativa é de que, na próxima década, o uso de energia nuclear seja muito mais comum entre as grandes empresas de tecnologia do planeta.
Em setembro, por exemplo, a Microsoft firmou um acordo para usar energia gerada pela usina de Three Mile Island, no estado da Pensilvânia. Com isso, a Unidade 1, que havia sido totalmente desativada em 2019 por motivos operacionais, será reativada. Ela poderá entrar em operação a partir de meados de 2028.
A Unidade 2, que está parada há décadas, não será reativada. Na década de 1970, ocorreu um derretimento parcial que marcou para sempre a história do local. O evento na Three Mile Island é o pior acidente nuclear da história dos Estados Unidos. Aliás, ele é frequentemente lembrado por quem advoga contra a energia nuclear no país.
Por outro lado, outras empresas que também estão interessadas em investir na nova tendência energética para alimentar seus data centers de IA são Amazon e Google. No mês passado, por exemplo, as duas companhias anunciaram acordos para explorar a fonte de energia no futuro.
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