Ciência

Microplásticos na comida: 5 truques para reduzir o plástico na sua dieta

Cientistas dão dicas de comidas e bebidas para evitar

Com microplásticos sendo detectados no cérebro, placentas e no sangue humano nos últimos anos, pesquisas estão tentando diminuir sua quantidade na comida e em bebidas. Neste mês, a plataforma científica Genomic Press publicou um artigo que investiga a redução de micro e nanoplásticos na alimentação.

De acordo com o estudo, eliminar completamente a exposição aos microplásticos não é uma ideia realista, devido à sua ampla presença no meio ambiente.

No entanto, os cientistas sugeriram cinco dicas simples para consumir menos microplásticos na dieta:

  1. evitar água em garrafas;
  2. evitar saquinhos de chá;
  3. evitar alimentos enlatados;
  4. evitar alimentos processados;
  5. não esquentar alimentos em recipientes de plástico.

Beber água da torneira, por exemplo, tem a capacidade de diminuir a ingestão de 90 mil para 4 mil partículas de plástico anualmente. Ainda entre as bebidas, os saquinhos de chá podem liberar 16 micras (um micra equivale a um milésimo de milímetro) de micro e nanoplásticos. Além disso, não esquentar as comidas em potes de plástico foi considerada “uma das maneiras mais eficazes de reduzir o consumo do material.

Já enlatados (como sopa) podem aumentar mais de 1000% os plásticos nos níveis urinários de bisfenol A após cinco dias de ingestão diária. Processados como nuggets de frango, por sua vez, têm 30 vezes mais microplásticos por grama do que peitos de frango, segundo as pesquisas.

Reduzir ingestão de microplásticos na comida ajuda a combater seu acúmulo no corpo?

Apesar das dicas, os pesquisadores continuam incertos do quanto a diminuição da ingestão impacta no acúmulo de microplásticos já presente nos tecidos humanos. Portanto, são necessárias mais pesquisas para desenvolver métodos eficazes de medi-los.

“Um dos aspectos mais promissores das descobertas até o momento é a falta de correlação entre idade e acúmulo de microplástico, sugerindo que, apesar das exposições ambientais contínuas, o corpo tem mecanismos para eliminar essas partículas ao longo do tempo por meio do suor, urina e fezes”, dizem.

Novos estudos devem desvendar os limites de exposição aos microplásticos e as consequências de sua ingestão a longo prazo. Até então, a ciência já descobriu que o acúmulo no cérebro pode causar alterações comportamentais. Leia mais no Giz Brasil.

Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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