Microplásticos podem estar ligados ao aumento da depressão, diz pesquisa

A ciência já sabe que os microplásticos estão presentes nos cérebros humanos. E podem até causar alterações comportamentais. Mas agora, pesquisas publicadas no Brain Medicine sugerem que eles também podem estar aumentando problemas de saúde mental. Coisas como depressão e demência.

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A exposição pode se ocorrer, por exemplo, através de alimentos ultraprocessados. Segundo Nicholas Fabiano, da Universidade de Ottawa (EUA), líder de um dos estudos, eles “contêm concentrações significativamente maiores de microplásticos do que alimentos integrais.” Sendo assim, a descoberta liga o consumo desses alimentos a distúrbios cerebrais.

Isso porque pesquisas revelaram que alimentos industrializados são repletos de partículas plásticas. Os nuggets de frango, por exemplo, contêm 30 vezes mais microplásticos por grama do que peitos de frango, provavelmente devido à fabricação e embalagem.

“Alimentos ultraprocessados ​​têm sido associados a problemas de saúde mental por meio de inflamação, estresse oxidativo, epigenética, disfunção mitocondrial e perturbações nos sistemas neurotransmissores” explicou em um comunicado Wolfgang Marx, do Centro de Alimentos e Humor da Universidade Deakin (Austrália) e coautor de um dos estudos. “Os microplásticos parecem operar por vias notavelmente semelhantes.”

O grande problema dos microplásticos na saúde humana

Ainda não há evidências definitivas, como testes em humanos, comprovando que os microplásticos são prejudiciais à saúde. Contudo, eles podem facilmente contornar a barreira hematoencefálica, última linha de defesa da massa cinzenta humana contra substâncias nocivas. Além disso, outras pesquisas descobriram que eles são capazes de causar coágulos sanguíneos nos vasos cerebrais, podendo induzir um derrame.

Os microplásticos já estão presentes desde a medula óssea humana até as nuvens e regiões mais remotas da Terra. Atualmente, até mesmo proteínas como frango e tofu já estão contaminadas pelo material. No entanto, existem formas de reduzir a ingestão desses itens na alimentação humana. Saiba mais com as dicas nesta matéria do Giz Brasil.