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Microsoft fecha LinkedIn na China; rede era a última dos EUA a operar no país

Mudança acontece após rede de carreiras precisar bloquear perfis de jornalistas e ativistas chineses, seguindo as ordens impostas pelo governo do país.

Imagem: Edward Smith (Getty Images)

A Microsoft anunciou nesta quinta-feira (14), que o Linkedln encerrará sua operação na China ainda esse ano. A rede será substituída por uma plataforma local, com menos funções, que será lançada no final de 2021.

O aplicativo, utilizado principalmente no desenvolvimento de contatos profissionais, opera na China desde 2014, e é a maior rede social de origem americana que ainda estava oficialmente no país. O governo já havia banido as redes Signal e Clubhouse neste ano. Nomes como o Facebook e o Twitter foram banidos ainda em 2009. Já o Instagram foi proibido no país em 2014.

A decisão foi tomada depois que o serviço foi forçado pelo governo chinês a bloquear perfis de jornalistas e ativistas de direitos humanos, que teriam postado conteúdos “proibidos” — lê-se aqui críticas ou informações contrárias aos interesses do governo do país asiático.

Com uma publicação em seu blog oficial, o Linkedln falou sobre o encerramento dos serviços no país e disse reconhecer que, para operar uma versão local da rede na China, teria que aderir às exigências do governo para plataformas online.

“Embora apoiemos fortemente a liberdade de expressão, adotamos essa abordagem para criar valor para nossos membros na China e em todo o mundo”, disse a empresa no comunicado.

O novo aplicativo, chamado InJobs, será totalmente focado em ofertas de trabalho, e não terá as funções de compartilhamentos e comentários em publicações ou artigos.

Em uma carta aos usuários da plataforma na China hoje (15), o presidente do LinkedIn China, Lu Jian, prometeu que o site continuará a “conectar oportunidades de negócios globais”.

Entretanto, o encerramento do LinkedIn na China mostra uma tendência oposta. A internet fortemente controlada do país se afastou e afasta cada vez mais do resto do mundo, e é cada vez mais difícil para as empresas globais que operam na China manterem suas características e seguir literalmente as ordens do governo de lá.

 

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