Microsoft acabou com o terrível malware que vinha pré-instalado em laptops da Lenovo

No mês passado, a Lenovo se envolveu em uma polêmica por instalar o Superfish, que injeta anúncios no navegador e consegue espionar conexões seguras.

No mês passado, a Lenovo se envolveu em uma polêmica por instalar o Superfish – que injeta anúncios no navegador e consegue espionar conexões seguras – em alguns de seus laptops. A empresa se desculpou, e até a Microsoft agiu, lançando uma atualização para o Windows Defender que remove o malware. Agora, parece que ele morreu de vez.

A PCWorld estima que o Superfish foi removido de cerca de 250.000 PCs só com a ferramenta da Microsoft. O malware afetava apenas laptops da Lenovo voltados para clientes não-empresariais – a linha ThinkPad saiu ilesa – vendidos entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015. Ainda assim, a Microsoft precisou agir.

Afinal, o Superfish usava um método para exibir anúncios que acabava expondo os usuários: através do mau uso de certificados HTTPS, ele permitia que hackers roubassem credenciais de login ou espionassem sua atividade na web.

No auge das remoções, havia 60.000 casos por dia de laptops detectados com o Superfish. Duas semanas depois, isto já se aproximava de zero:

Declinio do Superfish

A Lenovo interrompeu em janeiro a instalação do Superfish em novos PCs, pediu desculpas pelo ocorrido e lançou uma ferramenta de remoção automática do malware.

E mais: a Lenovo também promete que vai acabar com o bloatware em seus computadores. Normalmente, laptops com Windows vêm com diversos programas inúteis porque a fabricante recebe dinheiro por isso – é uma forma de ampliar um pouco as finas margens de lucro dos PCs.

Mas dado que a Lenovo é a maior fabricante de PCs do mundo, talvez eles não precisem tanto dessa grana adicional. Isso também ajuda a limpar a imagem da empresa. Ela disse em um comunicado em fevereiro:

Estamos começando imediatamente, e quando lançarmos nossos produtos com Windows 10, a nossa imagem padrão vai incluir apenas o sistema operacional, o software necessário para fazer o hardware funcionar bem (por exemplo, quando incluirmos hardware único em nossos dispositivos, como uma câmera 3D), software de segurança e apps da Lenovo. Isso deve eliminar o que a nossa indústria chama de “adware” e “bloatware”.

Só precisou de um escândalo para fazer uma fabricante desistir do bloatware. Espero que outras empresas sigam o exemplo – mas sem pré-instalar malware em PCs, de preferência. [PCWorld]

Foto por Maurizio Pesce/Flickr

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