Microsoft impressiona com receita de US$ 18,5 bilhões, mas Windows ainda é desafio

Parece que o último trimestre foi bom para as empresas de tecnologia. Antes, mesmo com recordes de faturamento, elas sempre estavam “abaixo das expectativas”. Agora, a Microsoft conseguiu impressionar o mercado com sua receita de US$ 18,5 bilhões; as ações sobem mais de 6%. No entanto, algumas áreas da Microsoft estão piores do que outras. […]
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Parece que o último trimestre foi bom para as empresas de tecnologia. Antes, mesmo com recordes de faturamento, elas sempre estavam “abaixo das expectativas”. Agora, a Microsoft conseguiu impressionar o mercado com sua receita de US$ 18,5 bilhões; as ações sobem mais de 6%. No entanto, algumas áreas da Microsoft estão piores do que outras.

Depois que a empresa passou por uma reorganização, ela divulga os números de uma forma diferente. Na divisão “Dispositivos e Consumidor” (D&C), temos tudo o que é vendido para o usuário final, separado em três áreas:

  • licenciamento de software: houve uma queda de 7% na venda de licenças do Windows às fabricantes, refletindo a queda do mercado de PCs;
  • hardware: a receita do Surface aumentou para US$ 400 milhões, impulsionada pelo Surface RT de 32 GB (que agora custa só US$ 349), enquanto a receita da subdivisão inteira – incluindo o Xbox – aumentou em 37%;
  • outros: são os serviços da Microsoft, como vendas da Windows Store, Xbox Live, propagandas do Bing e assinaturas do Office 365; no total, a receita aumentou em 17%.

A Microsoft quer se tornar uma empresa focada em dispositivos e serviços, e são justamente essas áreas que se saíram bem – o Windows teve um trimestre ruim entre consumidores. No entanto, a receita de licenciamento foi de enormes US$ 4,3 bilhões. A empresa não revela quanto dessas vendas são do Windows na caixinha, direto para o consumidor (que poderiam ser gratuitas).

Também temos a divisão “Comercial”: ela inclui as vendas para empresas do Windows, Office, Azure e dispositivos. A receita cresceu 10% e totalizou US$ 11,2 bilhões, boa parte graças ao licenciamento do Windows.

Na verdade, somando as duas divisões, as vendas do Windows aumentaram em 4%, mesmo com a queda na divisão de consumidores. As empresas não param de comprar o sistema!

O segmento empresarial é, há tempos, muito importante para a Microsoft. E ele é ainda mais quando vemos o lucro operacional: ele aumentou 29% na divisão “Comercial” e caiu 9% na divisão “Dispositivos e Consumidor” – tanto no Windows, como em hardware e outros. No total, o lucro aumentou.

Ou seja, cada vez mais os clientes corporativos vão pagar pela queda no mercado de PCs, e também pela reestruturação da Microsoft, à medida que ela se concentra em dispositivos e serviços. Será que eles não conseguiriam pagar por cópias gratuitas do Windows para usuários finais também? Não custa sonhar.

O lucro líquido da Microsoft foi de US$ 5,2 bilhões no trimestre, aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano passado. Confira todos os números aqui: [Microsoft via PC World e Ars Technica]

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