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Morre Stephen Wilhite, o pai do GIF, aos 74 anos

Programador, que defendia que a pronúncia correta do formato era “JIF” e não “GIF”, faleceu vítima de Covid nos EUA

Morre Stephen Wilhite, o pai do GIF, aos 74 anos

Stephen Wilhite, o inventor do formato GIF, faleceu aos 74 anos nos Estados Unidos. Segundo a esposa dele, Kathaleen, o programador morreu vítima de complicações da Covid, no último dia 14 de março.

O famoso formato de vídeos curtos em loop — sigla de “Graphics Interchange Format” (algo como “Formato de Intercâmbio de Gráficos“) — , que popularizou vários memes na internet, foi criado em 1987, quando Wilhite trabalhava na americana CompuServe, uma provedora de serviços online. “Vi o formato que queria na minha cabeça e comecei a programar”, afirmou ele em uma entrevista ao jornal The New York Times.

Na época, compartilhar vídeos na internet não tinha a mesma facilidade de hoje, por conta das conexões de baixíssima velocidade. Como a empresa que o inventor trabalhava queria exibir mapas meteorológicos coloridos, ele achou que o novo formato poderia ajudar.

A primeira imagem que ele criou foi a de um avião e demorou cerca de um mês para ficar pronta. Acredita-se que o primeiro gif da história seja o abaixo:

A propósito, o próprio Wilhite chegou a revelar, em 2013, que seu gif favorito é o de um bebê dançando (abaixo). Também conhecido como “baby cha-cha”, ele se tornou o primeiro meme viral da internet, no ano de 1996.

Pronuncia-se “JIF” e não “GIF”

Apesar de o dicionário Oxford em inglês aceitar a pronúncia do formato das duas maneiras, Wilhite se mostrava incomodado com o debate, afirmando que o termo correto era “JIF” e não “GIF”. Porém, o Gizmodo americano já havia dito que o inventor estava errado, pois o idioma inglês exige o som de G forte quando ele é precedido de um I, E ou Y.

A polêmica da pronúncia foi abordada com humor em 2013, quando David Karp, fundador do Tumblr, entregou o prêmio de conjunto da obra à Wilhite, durante a 17ª edição do Annual Webby Awards:

À AP News, a esposa revelou que Wilhite adorava trens e que tinha um quarto na casa dedicado a eles, com trilhos enormes. “Ele nunca parou de programar”, disse ela.

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