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Morte de tigres bate recorde na Índia

A demanda por pele de tigre e o uso de partes de seu corpo na medicina tradicional chinesa incentivaram a caça ilegal - aumentando o número oficial

Morte de tigres na Índia

Imagem: Unsplash/Reprodução

A Autoridade Nacional de Conservação de Tigres (NTCA) da Índia informou que 126 animais morreram em 2021. Esse é o número mais alto já registrado desde que os dados começaram a ser contabilizados, em 2012. O recorde anterior tinha sido registrado em 2016, quando 121 tigres foram a óbito.

Na última década, o NTCA registrou como principal causa da morte destes animais as “causas naturais”. Mas problemas como a caça ilegal e os conflitos entre tigres e humanos parecem ter contribuído para o novo número.

De acordo com o governo indiano, cerca de 225 pessoas morreram em ataques desses felinos entre 2014 e 2019.

Os conflitos entre humanos e animais ocorrem devido a fragmentação do habitat natural dos tigres. Para migrar entre florestas, os felinos acabam tendo que cruzar zonas habitadas por pessoas, ocasionando os embates. A demanda por pele de tigre e o uso de partes de seu corpo na medicina tradicional chinesa também incentivaram a caça ilegal.

De acordo com o NTCA, os locais com mais mortes de tigres registradas neste ano foram Madhya Pradesh, com 44, seguido por Maharashtra, com 26, e outras 14 em Karnataka.

A Índia é casa de 75% dos tigres do mundo. Em 2010, frente a uma queda da população do animal, a Índia e outros 12 países assinaram um acordo para dobrar o número de felinos. O país bateu a meta em 2018, chegando a marca de 2.967 tigres contra 1.411 em 2006.

Entre seus esforços para preservar o mamífero no ambiente, o governo indiano reservou 50 habitats em todo o país para o animal. Mesmo assim, muitos “corredores de habitat”, que permitem a circulação dos tigres entre florestas, estão sob ameaça de atividades humanas.

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