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Os recifes de corais estão morrendo aos montes

Os recifes de corais estão morrendo aos montes por conta da elevação das temperaturas das bacias marítimas. Cientistas alertam para risco de extinção.

Os recifes de corais estão morrendo aos montes por conta da elevação das temperaturas das bacias marítimas. Não é a primeira vez que o fenômeno de descoloração acontece e certamente não será a última. Em algumas décadas, os recifes de corais podem ser extintos — uma fatalidade da mudança climática.

Os corais são parte animais, parte vegetais e parte minerais. Os pólipos, animais que vivem dentro dos corais, secretam exoesqueletos de carbonato de cálcio para proteger suas parceiras microscópicas (chamadas de zooxantela). A moeda de troca das zooxantela é a fotossíntese, alimentando o hospedeiro com açúcares, aminoácidos e outros produtos orgânicos. Essa simbiose funcionou por milhares de anos, mas agora a elevação das temperaturas do oceano está arruinando a relação.

Risco de descoloração de corais entre outubro de 2015 e janeiro de 2016. Imagem: NOAA

Quando o oceano fica um pouco mais quente, a zooxantela começa a produzir radicais de oxigênio prejudiciais aos pólipos, que respondem expulsando-as. E é assim que os corais ficam brancos e param de crescer. E a não ser que a zooxantela volte, o coral morre.

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Em 1998, um aquecimento oceânico matou 18% dos corais do mundo, naquela que foi considerada a primeira descoloração em massa. Esse ano, 38% dos corais devem ser impactados, dizimando 12 mil quilômetros quadrados do ecossistema.

Os recifes de corais abrigam aproximadamente 25% das espécies marinhas. Se pensarmos em termos de biodiversidade, perdê-los seria o equivalente a destruir todas as florestas tropicais. Alguns cientistas apontaram no começo desse ano que a sexta extinção em massa está próxima.

[globalcoralbleaching.org]

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