Motorola e ShotSpotter querem eliminar balas perdidas em Canoas

  Se você pensa que a Motorola só vive de Android, há coisas mais humanas por trás da empresa também: em parceria com a ASI Brasil, representante da ShotSpotter no Brasil, a companhia criou um sistema de transmissão de informação via rádio de ponto-a-multiponto, para rastrear de onde saíram os disparos de uma arma de fogo. Entenda melhor.

Se você pensa que a Motorola só vive de Android, há coisas mais humanas por trás da empresa também: em parceria com a ASI Brasil, representante da ShotSpotter no Brasil, a companhia criou um sistema de transmissão de informação via rádio de ponto-a-multiponto, para rastrear de onde saíram os disparos de uma arma de fogo. Entenda melhor.

A empresa americana ShotSpotter trabalha há anos com sistemas de localização de disparos. Cerca de 50 cidades dos EUA já usam a tecnologia e estão contentes com isso: os homicídios caíram 20% e o número de disparos, 80%. A tecnologia é baseada em sensores do tamanho de chicletes: assim que um tiro é disparado, um dos sensores acústicos instalados, com alcance de 3 quilômetros, indica o raio máximo do local. Em seguida, um segundo sensor utiliza as ondas sonoras que o disparo criou, diminui ainda mais o raio, e um terceiro sensor, que coleta o som com meio segundo de diferença, completa a triangulação. Depois, o sistema usa um GPS para saber o ponto exato, traduzindo as coordenadas dos sensores para dados de latitude e longitude.

Mas, não adianta localizar quem deu o tiro se a polícia chegar lá com meia hora de atraso, certo? É aí que a Motorola entra na história. A empresa fornecerá a tecnologia de banda larga sem fio para a cidade de Canoas (RS), cobrindo o raio do bairro de Guajuviras, de 3,3 quilômetros, para a transmissão instantânea dos dados dos sensores para a polícia local – o bairro foi escolhido por ser um dos mais populosos e com maiores índices de violência. Segundo Roberto Motta, diretor da ASI Brasil, a informação é entregue em no máximo 15 segundos às autoridades. 

E, se 3,3 quilômetros parecem pouca coisa perto do extenso território nacional, a ShotSpotter já deixou claro sua proposta no Brasil: expandir o sistema para todas as cidades que receberão a Copa do Mundo em 2014, utilizando incentivo fiscal do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). O potencial da tecnologia é enorme, mas como em qualquer solução high tech, é preciso o trabalho conjunto da parte humana para funcionar – nesse caso, leia-se uma polícia bem preparada e pronta para usar de forma digna o novo sistema. [ShotSpotter]

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas