Múmia amarrada vira celebridade em exposição ao público

O corpo mantido por cordas em posição fetal pode ser visto no Centro Cultural da Universidade Nacional de San Marcos, no Peru. Vejas as fotos
Múmia exposta em Lima, no Peru
Imagem: Universidad Nacional de San Marcos/Reprodução

Pesquisadores da Universidade Nacional de San Marcos, no Peru, encontraram em meados de novembro uma impactante múmia amarrada em posição fetal.

A descoberta foi feita no sítio arqueológico de Cajamarquilla e, desde então, os restos mortais ficaram restritos às análises dos pesquisadores. 

Nessa semana, porém, a equipe resolveu aproximar o público da novidade. A múmia foi colocada em exposição no Centro Cultural da Universidade Nacional de San Marcos, na cidade de Lima, no Peru.

A peça está mantida em um ambiente condicionado e protegido por uma vitrine. Confira: 

Imagem: Universidade Nacional de San Marcos/Reprodução

 

Idade entre 800 e 1.200 anos

Os pesquisadores estimam que a múmia tenha entre 800 e 1.200 anos, pertencendo a um período anterior ao Império Inca. O corpo enterrado ali era provavelmente de um homem que faleceu quando tinha entre 18 e 22 anos

A tumba em que foi encontrado, localizada a cerca de dois metros de profundidade no chão, contava ainda com oferendas em cerâmica, restos vegetais e ferramentas de pedra. As características do túmulo e sua localização levam a crer que o falecido tinha certo grau de importância, sendo provavelmente um comerciante.

Imagem: Universidade Nacional de San Marcos/Reprodução

Insights

O corpo estava amarrado por cordas em posição fetal e levava as mãos sobre o rosto. Esse ritual fúnebre era comumente aplicado pelos povos que viviam nas montanhas, sugerindo que o homem teria vindo de lá. A observação reforça a ideia de que Cajamarquilla abrigou no passado serranos e caiçaras, que usavam o local como ponto estratégico de trocas comerciais. 

De acordo com os pesquisadores, o estudo da múmia e de outros achados em Cajamarquilla podem contribuir para um maior conhecimento das práticas culturais desenvolvidas nos períodos pré-hispânicos tardios da região.

A partir da pesquisa, será possível compreender também as antigas estratégias produtivas e até mesmo a situação hierárquica estabelecida pelos indígenas antes da chegada dos Incas.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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