Museu exibe camisinha de quase 200 anos com gravura erótica

Preservativo tem gravura de freira e clérigos em paródia do Julgamento de Páris, antigo conto da mitologia grega
preservativo século 19

O Rijksmuseum, museu em Amsterdã, capital da Holanda, adicionou à sua coleção um raro preservativo de quase 200 anos, com adornos de uma arte erótica. O suposto “Souvenir de Luxo” de um bordel, a camisinha é um dos dois únicos exemplares desse tipo que sobreviveram até os dias de hoje.

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O item tem a gravura explícita de uma freira sentada com as pernas abertas e parcialmente despida, gesticulando para três clérigos com as vestes levantadas. Na parte inferior da imagem, lê-se uma frase em francês que significa: “Esta é a minha escolha”.

Os dizeres fazem referência ao Julgamento de Páris, mito clássico em que o príncipe troiano deve escolher a mais bela entre três deusas, como uma paródia do celibato e da mitologia grega.

Camisinha ilustra informações sobre a sexualidade no século 19

Acredita-se que o objeto tenha sido criado por volta de 1830 com um apêndice de ovelha, revelando informações sobre a contracepção no século 19. Antes da descoberta da borracha vulcanizada, em 1839, os preservativos eram de materiais como linho, membranas de animais ou cascos de tartaruga. No entanto, apesar de práticos, eles ofereciam pouca proteção.

Com o apoio do FG Waller Fonds, o museu adquiriu o preservativo em um leilão em Haarlem no final de 2024, por € 1.000 (R$ 6,3 mil na cotação atual). Esta, aliás, é a primeira vez que o museu compra uma gravura em preservativo.

Atualmente, o item está no museu como parte da nova exposição, “Sexo Seguro?”, em cartaz até o final de novembro de 2025. A exibição destaca o sexo, a prostituição e a saúde sexual no século 19 entre gravuras, desenhos e fotografias holandesas e francesas.

“Ele representa os lados mais claros e mais sombrios da saúde sexual, em uma época em que a busca pelo prazer sensual era repleta de medos de gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis, especialmente a sífilis”, declarou o museu em um comunicado.

Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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