
Napster foi ressuscitado, mas não será o mesmo de antes
Recentemente, a startup Infinite Reality surpreendeu ao mudar seu nome para “Napster Corporation”. De acordo com reportagem da Forbes, a informação veio à tona apenas no último final de semana. Porém, já foi comunicada aos investidores da empresa no início deste mês.
Na primeira década deste século, o Napster, um software de compartilhamento de músicas, promoveu uma verdadeira revolução na indústria fonográfica.
A plataforma foi uma das primeiras a possibilitar o consumo de músicas no formato digital. Embora seja muito controversa, é considerada um marco na história da tecnologia.
Novo Napster
Na última década a plataforma se distanciou do compartilhamento de músicas — e das acusações de fomento à pirataria — para concorrer no segmento de streaming de música. O Napster ainda foi propriedade de uma série de conglomerados até chegar no início do ano à Infinite Reality por US$ 207 milhões.
Agora, o Napster deve sofrer uma reformulação bastante ousada. Assim, deixa de ser um simples serviço streaming para se tornar um espaço capaz de proporcionar experiências digitais com tecnologia de inteligência artificial. Aparentemente, a empresa deseja resgatar o conceito de metaverso e promover apresentações digitais, de maneira semelhante com o que já ocorre dentro do “Fortnite”, da Epic Games.
Os planos da empresa ainda não são muito claros. A expectativa é de que a empresa apresente eles de maneira oficial dentro das próximas semanas — ou meses. A Infinite Reality se autointitula uma empresa de metaverso, mas embora tenha atraído um grupo de investidores, ainda não apresentou nada muito concreto.
A estratégia de utilizar a marca Napster pode ajudar a empresa a ganhar maior visibilidade entre as empresas emergentes de tecnologia e chamar a atenção para seus futuros projetos. No entanto, a viabilidade financeira dos ambientes digitais imersivos ainda é bastante incerta. Tanto é que grande parte da indústria da tecnologia já direcionou seus esforços para a IA.