Nasa estende missão Juno até 2025 para explorar mais as luas e anéis de Júpiter

A Nasa autorizou que a missão Juno fosse estendida até 2025 para coletar mais dados sobre Júpiter e suas luas Ganímedes, Europa e Io.
Representação artística mostra a sonda Juno, da NASA, fazendo uma de suas passagens próximas sobre Júpiter. Crédito: NASA/JPL-Caltech

A sonda espacial Juno, da Nasa, começou a coletar dados de Júpiter em julho de 2016. Agora, a agência norte-americana autorizou que a missão fosse estendida até setembro de 2025, ou até quando a sonda aguentar.

Além de estudar os anéis do gigante gasoso, Juno deve explorar três luas em específico: Ganímedes, Europa e Io. A missão foi proposta em 2003, lançada em 2011, chegou em Júpiter em 4 de julho de 2016 e estava prevista para ser finalizada em julho de 2021. Agora, a recente extensão do trabalho envolverá 42 órbitas adicionais, o que inclui passagens próximas dos ciclones do pólo norte de Júpiter; sobrevoos em Ganímedes, Europa e Io; bem como a primeira exploração extensiva dos fracos anéis que circundam o planeta.

Os dados coletados pela sonda espacial poderão contribuir com as próximas missões da Nasa, Europa Clipper, e da Agência Espacial Europeia, JUpiter ICy moons Explorer (JUICE). No caso da exploração da lua vulcânica Io, as informações podem ajudar em muitos objetivos científicos identificados pela Academia Nacional de Ciências para uma futura missão dedicada exclusivamente à Io.

Os objetivos de Juno agora serão explorar melhor algumas das descobertas já feitas pela sonda sobre a estrutura interior de Júpiter, seu campo magnético interno, atmosfera e magnetosfera. Uma das suas primeiras tarefas, no entanto, será investigar a misteriosa mancha azul do planeta. Para isso, Juno vai realizar uma busca magnética de alta resolução espacial durante seis sobrevoos na região, que se caracteriza por um intenso campo magnético.

Para contribuir com missões futuras, a sonda vai sobrevoar as luas Europa e Io em diversas ocasiões para estudar a radiação ao redor delas e, assim, preparar melhor as missões Europa Clipper e JUICE em relação às estratégias de observação e planejamento, prioridades científicas e design da missão.

O ponto em que cada órbita aproxima Juno do planeta é chamado de perijove. Durante a missão, esses perijoves têm movido a sonda em direção ao pólo norte de Júpiter. Com a continuidade da missão, será possível obter mais dados dos ciclones na região.

Em 7 de junho deste ano, a sonda sobrevoará a lua Ganímedes a uma baixa altitude, reduzindo o período orbital de cerca de 53 dias para 43 dias. Em seguida, ela se aproximará da lua Europa em 29 de setembro de 2022, diminuindo o período novamente para 38 dias. Por fim, o sobrevoo à Io acontecerá em 30 de dezembro de 2023 e 3 de fevereiro de 2024, reduzindo o período orbital para 33 dias.

Conforme explica Ed Hirst, gerente do projeto Juno, essa continuidade da missão foi projetada para economizar o combustível da sonda ao máximo para que ela possa realizar todas as tarefas atribuídas a ela até 2025.

“Os designers da missão fizeram um trabalho incrível ao criar uma missão estendida que conserva o recurso a bordo mais valioso da missão – o combustível”, afirmou Hirst ao SciTech Daily. “A ajuda da gravidade de vários voos de satélite direciona nossa espaçonave através do sistema de Júpiter, ao mesmo tempo que fornece uma grande variedade de oportunidades científicas. Os sobrevoos nos satélites naturais também reduzem o período orbital de Juno, o que aumenta o número total de órbitas científicas que podem ser obtidas.”

[SciTech Daily]

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