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Cientistas da NASA encontram primeiras partículas do espaço interestelar

A NASA identificou pela primeira vez sete partículas microscópicas e raras de poeira interestelar, com idade próxima à do sistema solar. As partículas foram identificadas entre amostras obtidas pela sonda Stardust da NASA, que retornou à Terra em 2006. Ela continha uma bandeja de aerogel de sílica, que capturou as pequenas partículas de poeira interestelar […]

A NASA identificou pela primeira vez sete partículas microscópicas e raras de poeira interestelar, com idade próxima à do sistema solar.

As partículas foram identificadas entre amostras obtidas pela sonda Stardust da NASA, que retornou à Terra em 2006. Ela continha uma bandeja de aerogel de sílica, que capturou as pequenas partículas de poeira interestelar enquanto viajava pelo espaço em sua jornada de 5 bilhões de quilômetros, que durou sete anos.

Por que demoraram tanto para encontrar as novas partículas? Bem, porque elas são pequenas. Muito, muito pequenas. A NASA explica:

Duas partículas, cada uma com diâmetro de apenas dois mícrons (milésimos de milímetro), foram isoladas após seus rastros serem descobertos por um grupo de cientistas voluntários. Eles se intitulam “espanadores” e digitalizaram mais de um milhão de imagens, como parte de um projeto de ciência cidadã…

O terceiro rastro, seguindo a direção do vento durante o voo, foi deixado por uma partícula que aparentemente estava se movendo tão rápido – mais de 15 km/s – que vaporizou. Os voluntários identificaram rastros deixados por outras 29 partículas que, determinou-se, foram expulsas da nave espacial…

Quatro das partículas no artigo da Science foram encontradas em lâminas de alumínio entre os blocos da bandeja coletora. As lâminas não foram originalmente planejadas como superfícies para coleta de poeira, mas uma equipe internacional liderada pela física Rhonda Stroud, do Laboratório de Pesquisa Naval, analisou-as e identificou quatro reentrâncias revestidas com material composto de elementos que se encaixam no perfil de partículas de poeira interestelar.

A composição química dessas partículas varia bastante: as menores são bem diferentes das maiores, então parecem ter origens diferentes. Algumas também contêm enxofre, e cientistas argumentam que esse elemento não deveria estar presente na poeira interestelar.

Ou seja, a NASA ainda precisa esperar por uma análise mais aprofundada, antes de dizer definitivamente que esses detritos podem ajudar a explicar a origem e evolução da poeira interestelar. [NASA]

Imagem por UC Berkeley/Andrew Westphal

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