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Com mais prêmios por conteúdo original, Netflix continua missão de se tornar uma HBO

O autor Edward Jay Epstein disse, em 2010, que um dos maiores problemas do Netflix era não ter conteúdo original. Isso o impedia de ser a HBO do século XXI. Mas talvez isso seja passado, se pudermos confiar nas premiações de Hollywood: três séries do Netflix marcaram presença no Globo de Ouro – e uma […]

O autor Edward Jay Epstein disse, em 2010, que um dos maiores problemas do Netflix era não ter conteúdo original. Isso o impedia de ser a HBO do século XXI. Mas talvez isso seja passado, se pudermos confiar nas premiações de Hollywood: três séries do Netflix marcaram presença no Globo de Ouro – e uma delas ganhou.

Robin Wright levou o prêmio de melhor atriz em drama de TV por seu papel em House of Cards. A série teve o maior número de indicações no Globo de Ouro: melhor drama, melhor ator principal (Kevin Spacey) e melhor ator coadjuvante (Corey Stoll).

Mas entre as produções do Netflix, House of Cards não foi a única. Taylor Schilling, de Orange is the New Black, disputou na categoria de melhor atriz em drama. E Jason Bateman também foi indicado por sua atuação na quarta temporada de Arrested Development, produzida pelo Netflix.

Não é a primeira vez que o conteúdo original do Netflix ganha prêmios: o diretor David Fincher (de Clube da Luta e A Rede Social) levou o Emmy por melhor direção em House of Cards. Foi a primeira vez que, na competição, estava uma série produzida para ser transmitida via streaming. (Spacey e Wright foram indicados por atuação, mas não ganharam.)

Devido à recepção da crítica, House of Cards já tem uma segunda temporada garantida, prevista para fevereiro; e o Netflix já planeja uma terceira temporadaOrange Is The New BlackHemlock Grove também foram renovadas; as novas temporadas devem estrear ainda este ano.

As premiações e renovações parecem mostrar que o modelo do Netflix funciona: lançar todos os episódios da temporada ao mesmo tempo, em todos os países onde atua, com dublagem e legendas em português (além do áudio original) para assistir no dispositivo que você quiser.

Kevin Spacey, no ano passado, defendeu esse novo modelo: “Se você está vendo um filme na sua TV, ele deixa de ser um filme porque você não está em um cinema? Se você vê uma série da TV no seu iPad, ela deixa de ser uma série para a TV?… Tudo é conteúdo. Tudo são histórias.”

O Netflix está indo longe em sua missão de criar conteúdo original para não depender dos grandes estúdios. Em dezembro, estreou a série Turbo: F.A.S.T., criada pela Dreamworks exclusivamente para o serviço de streaming. Além disso, a Disney anunciou que a Marvel fará quatro séries exclusivas para o Netflix, a estrear em 2015.

Quando o chefe de conteúdo Ted Sarandos disse que “o objetivo é nos tornarmos a HBO mais rápido do que a HBO consegue se transformar em Netflix”, ele não estava brincando. Será que agora eles conseguem se tornar a HBO da nossa época? [Entertainment Weekly]

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