Netflix perde quase meio milhão de assinantes no segundo trimestre de 2021

Plataforma de streaming destaca relaxamento na pandemia de Covid-19 como principal fator para a queda.
Netflix streaming. Imagem: Unsplash
Imagem: Unsplash

Não tem como negar que a Netflix foi a responsável por popularizar os serviços de conteúdos em vídeo sob demanda em todo o mundo. Mas será que, assim como muitas empresas, ela atingiu seu pico? Esse talvez seja o questionamento deixado pela companhia de análise Markets Insider, que verificou dados do último relatório de ganhos e perdas da Netflix no segundo trimestre financeiro. O resultado foi esse: só nos Estados Unidos e Canadá, a plataforma perdeu 0,43 milhão de assinantes.

Em uma carta enviada aos investidores, a Netflix destaca que a queda acentuada no número de assinantes é consequência direta das pandemia de Covid-19. Mais precisamente, o fato de que, conforme mais pessoas estão sendo vacinadas nos principais países onde o serviço opera, já se era esperado que o acesso à plataforma fosse diminuir consideravelmente, chegando a quase meio milhão a menos de usuários pagos.

“Terminamos o trimestre com mais de 209 milhões de assinaturas pagas, um pouco acima de nossa projeção. A pandemia criou alguns problemas no crescimento do nosso quadro associativo (maior crescimento em 2020, crescimento mais lento este ano), que está avançando”, disse a Netflix no comunicado aos investidores. Atualmente, a plataforma tem cerca de 209 milhões de assinantes no mundo.

Apesar da saída de aproximadamente 500 mil pessoas do serviço, a Netflix segue dominante no mercado de streaming. No segundo trimestre, o número de novos assinantes chegou a 1,5 milhão, superando as estimativas anteriores da empresa, que apontavam para 1 milhão de novos inscritos. A projeção da companhia para seu terceiro trimestre vai além: 3,5 milhões de novos assinantes para o período.

A concorrência cresceu (e o preço subiu)

Não é possível afirmar exatamente o que provocou a saída de meio milhão de assinantes da Netflix. Por outro lado, é correto afirmar que o relaxamento nas restrições da pandemia de Covid-19 não foi o único fator. Ao longo dos últimos dois anos, vimos o surgimento de ainda mais plataformas de streaming, o que aumenta a competitividade entre serviços tão similares. E mesmo que a Netflix ainda seja soberana nesse quesito, ela já não é a dominante para uma parcela significativa de usuários.

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Outra questão pode estar relacionada ao cancelamento de produções originais. Algumas atrações, como Sense8 e The OA, chegaram ao fim prematuramente na opinião dos fãs. Por conta disso, muitos assinantes, que antes permaneciam na Netflix para acompanhar seu seriados preferidos, podem não ver nenhum outro atrativo em permanecer pagando pelo serviço. Além disso, determinados conteúdos só estão disponíveis em algumas regiões, e não em todos os países.

E aí entra o fator preço. Desde o ano passado, a Netflix aumentou consideravelmente os valores de suas assinaturas mensais. Há alguns dias, foi a vez do Brasil receber os reajustes, que podem chegar a R$ 55,90 no plano mais caro.

[Screenrant]

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