Nokia anuncia morte de n-Gage, reconhece a derrota na guerra de jogos para celulares

Alguns amigos meus compraram o n-Gage. A ideia parecia ótima: por que não usar um PASTEL de R$ 1.700 na sua orelha para falar no telefone enquanto você não está jogando um videogame portátil medíocre? Depois de algum tempo, o aparelho morreu em 2006 e o nome continuou como lojinha dos jogos para alguns celulares com Symbian. Não mais. Ontem a Nokia anunciou que o n-Gage, o serviço, também acabou. Donos de aparelhos da Nokia que não se contentam com a velha minhoquinha precisam ter um segundo dispositivo para jogar.

Alguns amigos meus compraram o n-Gage. A ideia parecia ótima: por que não usar um PASTEL de R$ 1.700 na sua orelha para falar no telefone enquanto você não está jogando um videogame portátil medíocre? Depois de algum tempo, o aparelho morreu em 2006 e o nome continuou como lojinha dos jogos para alguns celulares com Symbian. Não mais. Ontem a Nokia anunciou que o n-Gage, o serviço, também acabou. Donos de aparelhos da Nokia que não se contentam com a velha minhoquinha precisam ter um segundo dispositivo para jogar.

A Nokia tratou de acalmar todos os usuários do n-Gage: a plataforma ainda funcionará até setembro de 2010 e os jogos continuarão disponíveis lá. Para o fanboy cego da Nokia otimista, a jogada é simplesmente uma forma de concentrar todos os esforços de venda de aplicativos na Ovi Store. O problema: ela não tem muitos jogos disponíveis. Para o meu E71, há 13. Para o todo-poderoso N97, há 32, entre gratuitos e demos. Vejamos os mais populares:

Lixo, não? Você pode dizer, com razão, que há jogos legais feitos em Java. Basta procurar pela internet ou na loja da operadora. Até existem alguns. Mas o fato de eles não estarem agrupados em uma loja como a App Store da Apple tira a força da marca nesse segmento. A Nokia diz que quer ser prestadora de serviço, comprando a Navteq, lançando a Ovi e o Comes With Music, que também não deslanchou. Mas o fechamento do n-Gage mostra um primeiro reconhecimento de derrota dos finlandeses. Não que isso seja absolutamente essencial, que fique claro: Samsung e LG galopam a passos largos sem nem mencionar jogos como atrativos principais. E, se você anda bastante de ônibus ou metrô como eu, vai ver que a mnhoquinha e qualquer Tetris genérico ainda fazem sucesso.

Mas a verdade é que jogos viraram um grande fator de vendas do iPhone, especialmente lá fora (o Geek.com diz que iPhone é para jogos, Android é para ferramentas). Como metáfora interessante, Settlers of Catan, que mudou minha concepção de jogos de tabuleiro (e que já teve uma versão medonha para n-Gage), estreou no iPhone esta semana. O Kotaku passou a resenhar jogos do celular da Apple porque acha que eles atingiram maturidade de "jogo grande". De Peggle a Rock Band, passando por uma linda versão de Fifa 10, todos os jogos mais trabalhados das produtoras estão indo para o iPhone – e quem diz que ele não presta para jogos simplesmente não jogou algo nele. Sim, faltam botões, mas os designers já acharam maneiras bem interessantes de resolver isso.

E eu até tentei me acostumar com um emulador de NES no E71, mas a verdade é que se eu quiser jogar alguma coisa em uma viagem longa, preciso do DS ou o PSP. E talvez eu esteja fazendo um grande caso disso. Digam, leitores: o que vocês jogam nos seus celulares, se é que jogam alguma coisa?

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