Nokia e parceiros recebem US$ 1,35 bilhão para investir no grafeno, o material do futuro

Não é de hoje que a Nokia se interessa em grafeno, o material mais fino e forte que conhecemos: em 2011, a empresa entrou no grupo Graphene Flagship Consortium; e agora o grupo vai receber cerca de US$ 1,35 bilhão para desvendar o que o grafeno reserva para o futuro. O consórcio, liderado pela Nokia, […]

Não é de hoje que a Nokia se interessa em grafeno, o material mais fino e forte que conhecemos: em 2011, a empresa entrou no grupo Graphene Flagship Consortium; e agora o grupo vai receber cerca de US$ 1,35 bilhão para desvendar o que o grafeno reserva para o futuro.

O consórcio, liderado pela Nokia, foi selecionado pelo programa de Tecnologias Futuras e Emergentes (FET) da União Europeia. Isto significa que eles receberão um investimento de €1 bilhão durante os próximos dez anos.

Além da Nokia, o Graphene Flagship Consortium inclui 73 outros parceiros, entre instituições acadêmicas e empresas de vários setores. O grupo conta até com o apoio de ganhadores do prêmio Nobel – inclusive Andre Geim e Konstantin Novoselov, que descobriram o grafeno.

Mas afinal, o que é grafeno? Esta estrutura bidimensional, feita apenas por uma camada de átomos de carbono, é tida por muitos como o material do futuro. O grafeno é 300 vezes mais forte que o metal, e ao mesmo tempo é o material mais leve do mundo. Além disso, ele é bastante flexível e conduz eletricidade muito bem – por isso, ele pode substituir o silício em componentes eletrônicos. A própria Nokia diz que “estamos vendo o início de um revolução do grafeno”.

E qual o interesse da Nokia no grafeno? O executivo Henry Tirri explica no blog Nokia Conversations:

A Nokia tem orgulho de estar envolvida neste projeto, e nós temos raízes profundas no campo – nós começamos a trabalhar com o grafeno já em 2006. Desde então, identificamos várias áreas onde o material pode ser aplicado em ambientes de computação moderna. Nós fizemos um trabalho muito promissor até agora, mas eu acredito que as maiores inovações ainda estão por serem descobertas.

A Nokia está de olho em aplicações práticas do grafeno há anos. Uma delas, já patenteada pela Nokia, é seu uso em sensores de câmeras. Eles podem ser menores que os modelos CCD e CMOS atuais, e ainda podem ter desempenho melhor em pouca luz – quem sabe permitindo sensores PureView de muitos megapixels que não deixem o aparelho tão grosso.

Nós já vimos o enorme potencial que o grafeno possui: ele faz baterias carregarem mais rápido; ele faz baterias durarem mais; ele torna potável a água do mar; ele se regenera sozinho. E no futuro, a Nokia quer colocá-lo no seu celular. Espero que o futuro com grafeno não demore a chegar. [Nokia Conversations via WPCentral]

Imagem por CORE-materials/Flickr

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