Nova variante de coronavírus da África do Sul volta a preocupar o mundo
O mundo volta ligar o sinal de alerta para uma variante do Sars-CoV-2. Potencialmente muito contagiosa e com múltiplas mutações, a nova cepa foi detectada na África do Sul. Nesta quinta-feira (25), cientistas sul-africanos anunciaram que veem sinais de uma nova onda da pandemia causada pela nova variante.
O que se sabe sobre a nova variante?
Apesar de ser muito cedo para qualquer conclusão sobre o quão grave e perigosa pode ser, a variante B.1.1.529 nomeada pela OMS de Omicron, apresenta um número extremamente alto de mutações. “Podemos ver que tem potencial para se espalhar muito rapidamente”, disse Túlio de Oliveira, diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação, na África do Sul.
Segundo ele, foram identificadas 50 mutações no total – mais de 30 delas na proteína spike (a “chave” que o vírus usa para entrar nas células, e que é alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19).
Até agora, foram confirmados 77 casos na Província de Gauteng, na África do Sul. Foram também 4 casos em Botsuana, um em Hong Kong — de uma pessoa que voltou de uma viagem à África do Sul — e um em Israel, de uma pessoa que voltou do Malauí.
As vacinas atuais funcionam contra a nova variante?
Pesquisadores estão preocupados não só com a capacidade de transmissão facilitada, mas também com a possibilidade de que essa variante contorne as defesas de nosso sistema imunológico.
Isto porque as vacinas foram desenvolvidas mirando a cepa original do coronavírus, registrada inicialmente em Wuhan, na China. Ou seja: o fato da variante Omicron ser diferente do vírus inicial pode significar que as vacinas não funcionem com a mesma eficácia.
Recomendações da Anvisa
Na manhã desta sexta-feira (26), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária soltou uma nota com recomendações para o Brasil. A instituição recomendou que o governo adote novas medidas de restrições de viajantes vindos de parte da África.
A Anvisa pontuou restrições para voos vindo de 6 países: África do Sul, Suazilândia, Namíbia, Botsuana, Zimbábue e Lesoto.
O vírus causador da Covid-19 já matou mais de 5,16 milhões de pessoas em todo o mundo desde seu aparecimento na China, no final de 2019.