NSFW: Como são feitas as páginas centrais da Playboy americana

Não é o suficiente ser escolhida para uma página central da Playboy. Os seus mamilos também precisam ser pontudos na medida certa — não mais, não menos. A sua bunda precisar de uma "melhor curvatura". Você precisa do Photoshop. Veja aqui raros exemplos do processo. Atenção: imagens de mulheres nuas - cheias de marcações com canetinha, a seguir.

As mulheres escolhidas para aparecer no pôster central de uma Playboy são lindas, mas não exatamente perfeitas – mas elas precisam ser. Os seus mamilos também precisam ser pontudos na medida certa — não mais, não menos. A sua bunda precisar de uma "melhor curvatura". Você precisa do Photoshop. Veja aqui raros exemplos de como é pensado o processo.

Atenção: imagens de mulheres nuas – cheias de marcações com canetinha -, a seguir.

A Christie’s, maior casa de leilões do mundo, parece estar no "Ano do Coelho", já que promoveu leilões de diversos itens históricos ou simplesmente pitorescos dos bastidores da Playboy americana. As mais interessantes são as cópias originais dos pôsteres centrais dos anos 90 e início dos 2000, com marcações dos editores e do departamento de arte — e sujeitas a um júri que as avalia com notas. 

Por terem chegado a este estágio, praticamente todas as garotas centrais ganharam notas perto de 90. Mas Lauren Hill, a Playmate do mês de fevereiro de 2001 e vista aqui, ganhou comentários menos honrosos: "OK mas nada de especial. Não tem nada rolando no rosto + olhos". Os rabiscos na foto de Hills também acharam seus mamilos decepcionantes e sugeriram que o estômago fosse diminuído. 

Os mamilos de Angel Lynn Boris, a Playmate de julho de 1996, também estavam inaceitavelmente atrevidos, com um círculo ao redor deles, levando à palavra "suavizar".

Mas as maiores ofensas entre a carne feminina aparentemente são excesso de pêlos pubianos, veias à mostra e os próprios rostos das modelos, que frequentemente são marcados para "suavização". Estrias nos seios também são ofensivas, como pode atestar Ulrica Ericsson, Playmate de novembro de 1996, que teve as suas marcadas para edição.

Assim como as estrias quase invisíveis na bunda de Brande Roderick, que foram circuladas com a anotação "matar estrias". 

 

E você sabia que seios podem ser "irregulares demais"? A Playmate de outubro de 1998 é prova. Nesta foto aí embaixo temos também a nossa ordem favorita: "melhorar curvatura da bunda". 

 

Não é que sejamos contra a pós-produção — as próprias modelos apreciam que os cabelos e sombras em excesso sejam editadas ("matar o fio de cabelo que encosta no charuto" é um bom exemplo disso). Mas a mensagem é clara: mesmo depois de nascer com um enorme privilégio genético, geralmente fazer cirurgias plásticas e dietas, fazer uma sessão de fotos profissional, com ótima iluminação e um fotógrafo experiente, mesmo a mulher perfeita não é perfeita o suficiente. Ironicamente, foi esta mentalidade que levou à homogeinização da sensibilidade sexual e ajudou a tornar a Playboy a revista irrelevante que passou a ser desde então. 

Aqui, mais algumas imagens, com comentários praticamente ilegíveis. (Bônus: uma Kelly Wearstler quase sem críticas). 

"Matar veias" parece dolorido.

 

Melissa Holliday, você não é uma garota dos sonhos enquanto estiver com estas horrendas linhas abdominais. 

Veja só, é a famosa designer de interiores Kelly Wearstler, como Playmate de setembro de 1993. 

Desculpe, Shauna Sand, eu estou muito distraído com o seus enormes poros para olhar para os seus peitos. 

NT: Jezebel, blog irmão do Gizmodo US que produziu este post, é escrito por e para mulheres.

[Christies]

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