O 4G está chegando ao Brasil – pelo menos em fase de testes. E os aparelhos?
A Claro anunciou hoje que começa, a partir de hoje, sua fase de testes com a quarta geração da banda larga móvel. Se você mora em Campos do Jordão (SP), Búzios (RJ), ou Parati (RJ), já pode começar a sentir pelo menos o gostinho de ter uma internet no celular mais do que digna. Mas, mais do que isso, já temos alguma ideia de quem terá o primeiro smartphone com 4G por aqui.
A Claro abocanhou boa parte das faixas do 4G no leilão que rolou em junho, mas temos a sensação de que já já as outras três operadoras também aparecerão com mais cidades-teste no país. Afinal de contas, a Copa já está aí, né. Da ponta das operadoras, tudo parece mais claro. Já na parte das fabricantes de chips e aparelhos, fomos agraciados com novidades nos últimos dias.
Primeiro, a Qualcomm anunciou ontem que fechou acordo com o governo para fabricar chips 4G capazes de utilizar todas as frequências da rede no país — lá pela casa dos 2,5GHz. Isso é bem importante, já que a faixa mais utilizada lá fora é na casa dos 700 MHz. Em outras palavras, isso significa que os smartphones 4G vendidos por aqui terão que 1) serem fabricados por aqui ou 2) serem adaptados para nossa frequência.
Paulo Bernardo, o ministro das Comunicações, disse no início do ano que 50% dos smartphones com 4G serão fabricados por aqui. Nessa história, entre processo de adaptação e fabricação nacional (com demanda menor do que em fábricas chinesas, por exemplo), não se assuste se os smartphones com 4G chegarem ao mercado custando mais do que estamos acostumados. Pelo menos enquanto a frequência de 700 MHz não for leiloada, o que deve acontecer apenas em 2013.
Segundo, a Claro deixou escapar, durante coletiva no evento Qualcomm IQ 2012, que um dos aparelhos que serão usados para os testes do 4G será um tal de Razr HD. Como lembra o Tecnoblog, o Razr HD já está pronto para o 4G nacional, segundo a própria Anatel. Pelas imagens já vazada do aparelho — que ainda não foi anunciado nem lá fora pela Motorola –, ele parece um bocado o Razr Maxx.
Aliás, será que a Motorola não vai só trocar alguns chips na hora de fabricar o aparelho lá em Jaguariúna e transformá-lo em 4G? Nada melhor do que um smartphone com duração de bateria absurda para ser o chamariz do 4G, uma tecnologia famosa por consumir muitas barrinhas de energia.
Nas próximas semanas teremos mais operadoras, fabricantes e afins contando mais sobre sua empreitada no mundo do 4G. Estaremos mais do que de olho.