O blogueiro astronauta Leroy Chiao tenta esclarecer os aspectos cotidianos da vida a bordo da Estação Espacial Internacional, coisas que não estão em press releases. O assunto deste post? O ar que eles respiram.
OK, então alguém queria saber qual é o cheiro da Estação Espacial Internacional. Depois de abrirmos a escotilha, notei um moderado cheiro de plástico, não diferente daquele cheiro de carro novo. Isso vinha dos vários materiais sintéticos a bordo liberando gases. Não é ruim, e após uma hora, parei de notá-lo.
Mas nós limpamos a atmosfera. Temos sistemas de remoção de dióxido de carbono e dispositivo de remoção de microimpuridades. Oxigênio é adicionado conforme é consumido. Usamos um dispositivo de eletrólise para quebrar a água, descarregando o hidrogênio pra fora. (Veja a galeria com todo o maquinário de processamento de ar descrito aqui.)
Esse dispositivo é meio “briguento”, então temos também velas de oxigênio, que “queimamos” periodicamente. São os mesmos tipos de sistemas a bordo de submarinos nucleares, que têm requerimentos técnicos semelhantes.
Um fato interessante é que o nitrogênio não é trocado, exceto para compensar vazamento. O corpo humano não utiliza o nitrogênio inalado, então ele é reciclado.
Que mais? A temperatura a bordo? Ela era controlada pelo comandante da missão – eu. Moro em Houston, então gosto de ar condicionado. A cabine foi configurada para cerca de 70 graus Fahrenheit (21 graus Celsius).
Acompanhe o astronauta Leroy Chiao em sua coluna enquanto celebramos a vida humana no espaço com a série especial “Tire-me deste Rochedo”. Você pode checar várias fotos da missão de Leroy na ISS em uma galeria da Nasa.