O chefão de design do Android não se incomoda com customizações das fabricantes

Elas foram feitas num Hangout no Google+ e refletem um cara bem resolvido quanto à “bagunça” que virou o Android nas mãos das fabricantes. Para Matias, é imprescindível que exista a opção do Android puro na figura dos Nexus; resguardada essa alternativa, que façam o melhor para apimentar a interface do sistema. Em dado trecho, […]

Elas foram feitas num Hangout no Google+ e refletem um cara bem resolvido quanto à “bagunça” que virou o Android nas mãos das fabricantes. Para Matias, é imprescindível que exista a opção do Android puro na figura dos Nexus; resguardada essa alternativa, que façam o melhor para apimentar a interface do sistema.

Em dado trecho, ele atenta ao fato de que, no geral, as fabricantes concentram seus esforços em acrescentar recursos em vez de modificar os já oferecidos de forma satisfatória — telas inicias e central de notificações, por exemplo, costumam ser objeto de pouca ou nenhuma modificação. E revela que há uma espécie de “guerra fria” entre Google e fabricantes, com os dois lados escondendo as suas ideias e novidades até que elas estejam prontas para sair.

Por fim, Matias cita bons exemplos de uso da liberdade de modificação do Android. O primeiro é o Kindle Fire, que é praticamente um sistema novo com a base do Android dada a “grossura” da mexida feita pela Amazon. O outro, o aguardado ASUS Transformer Prime, que virá pouca coisa diferente do Android padrão e, surpresa, todas essas modificações serão desativáveis nas configurações (!), trazendo o tablet para ainda mais perto da experiência pura do Honeycomb.

Não surpreende que o Google e seus funcionários tenham essa visão aberta sobre as modificações no Android, afinal, parte do apelo do sistema reside justamente nisso. Do ponto de vista do usuário, há que se reconhecer que nos últimos meses as fabricantes têm melhorado de maneira significativa as suas camadas de software; até o MOTOBLUR já não é tão intrusivo e sugador de bateria como na época do Backflip/Quenck e, pessoalmente, gosto mais da TouchWiz do que da interface padrão do CyanogenMod (ADWLauncher). As empresas recorrem às modificações para diferenciar seus aparelhos das demais e criar uma identidade unificada em torno da marca. É um caminho sem volta com alguns “perdidos” no trajeto (Milestone, Xoom) e, dada essa falta de perspectiva para um futuro cheio de Android puro com ROM stock, o que resta é torcer. Ou para as fabricantes continuarem a melhorar as suas interfaces, ou para que comunidades como a CyanogenMod continuem fazendo um bom trabalho.

[Android and Me]

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