O combate ao “gatonet”, a TV paga ilegal

A revista online Txchnologist publicou uma reportagem resumindo a situação no Brasil do “gatonet” – a TV irregular por assinatura, seja por cabo ou via satélite. A ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura) estima que até um milhão de pessoas tenham gatonet em casa, o que causaria, nas contas deles, perda de receita de R$100 milhões. […]

A revista online Txchnologist publicou uma reportagem resumindo a situação no Brasil do “gatonet” – a TV irregular por assinatura, seja por cabo ou via satélite. A ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura) estima que até um milhão de pessoas tenham gatonet em casa, o que causaria, nas contas deles, perda de receita de R$100 milhões. Esta é uma transgressão tão comum que até mesmo um delegado da polícia foi preso, suspeito de ter “TV a gato” em seu gabinete. Mas isso está mudando: eis como o gatonet vem sendo combatido.

A solução combina ações da polícia, decisões judiciais e planos mais baratos das operadoras. O gatonet é uma indústria ilegal que rende muito: na pequena cidade de Italva (RJ), uma quadrilha – presa no início do mês – lucrava até R$100.000 cobrando mensalidades de R$35. E quando o gatonet financia o crime organizado, como traficantes e milicianos, é preciso pulso firme para combatê-lo: também neste mês, foram presas 16 pessoas acusados de envolvimento com milícia que operava uma central de TV a cabo clandestina, com 3.000 assinantes, na Baixada Fluminense.

O gatonet também sofreu um revés nos tribunais no final do ano passado. A Justiça Federal proibiu a venda, importação e propaganda de conversores que pirateiem sinal de TV paga. A ABTA prometeu “acompanhar se as propagandas na internet e se as vendas continuam”, mas os conversores não sumiram: segundo a associação, existem hoje de 500.000 a 700.000 conversores em funcionamento.

Outra forma de combater a TV paga ilegal, claro, é com pacotes de assinatura mais acessíveis. Antônio João, diretor executivo da Via Embratel, reconhece: “o gato-net [é] um problema sério que só poderia ser eliminado se oferecêssemos um produto com preço semelhante, mas de forma legal”. Em favelas pacificadas do Rio de Janeiro – onde a ocupação policial afetou o gatonet – a Embratel oferece um pacote de canais a R$29,90 mensais, mais taxa de instalação de R$50. A Sky oferece TV via satélite nas favelas do Rio há tempos, desde o final de 2010. Por R$44,90, o pacote SKY UPP oferece 89 canais, “incluindo 7 dos 10 canais mais assistidos da TV paga”, segundo a operadora. Os preços são promocionais.

Ainda há outras medidas: Antonio Salles Neto, diretor do SETA (Sindicato Nacional das Empresas Operadoras de Televisão por Assinatura), diz ao Txchnologist que “a indústria já está usando criptografia para comprometer a qualidade desse serviço ilegal”. Ele é otimista: “há transgressão, sim, mas ela deixou de ser alarmante”, e diz que o gatonet “desaparecerá naturalmente”. Mas há vários outros desafios para legalizar a TV paga, que você confere na reportagem completa: [Txchnologist]

Foto por Daniel Benassi

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