O furacão Sandy e a precisão (apesar de tudo) das redes sociais
Não é novidade para ninguém que as redes sociais se tornaram uma fonte de informação em grandes acontecimentos. O furacão Sandy não está sendo uma exceção a essa regra recente: Twitter, Facebook e até mesmo o Instagram estão documentando e relatando o que acontece nos EUA durante a catástrofe. A própria prefeitura de Nova York tem estimulado o uso das redes como forma de disseminar informação.
Como disse o The Verge:
Se você está acompanhando o furacão Sandy, provavelmente obteve informação do mesmo jeito que nós: uma combinação de informação de testemunhas no Facebook, Twitter e Instagram e anúncios oficiais em veículos de notícias. Mas também pode ter visto uma coletiva do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, pelo Livestream, seguido o twitter do prefeito, ou dado uma olhada na WNYC e no Google Crisis Maps, que são alimentados com informações do Centro de Gerenciamento de Emergências de Nova York. Isso é parte do esforço do governo da cidade de transformar os dados acumulados em informação para o grande público.
O site Pandodaily destaca o crescimento da importância do Instagram na cobertura de acontecimentos. Além disso, a capacidade de espalhar conteúdo do serviço de fotos e filtros também é um dos pontos fortes da ferramenta.
Teoricamente, o Instagram tem a rapidez do Twitter e um alcance mais longo, já que posta automaticamente no próprio Twitter, no Facebook, no próprio Instagram e até mesmo por e-mail. As imagens são a melhor forma de contar uma história como essa, e a razão de existência do Instagram é fazer com que pessoas se tornem fotógrafos.
Mas e as mentiras? Qualquer um pode postar qualquer coisa numa rede social, não? Sim, não há dúvidas disso. Várias imagens falsas apareceram nos últimos dias sobre o Sandy, o que levou o Alexis Madrigal, editor do The Atlantic, a fazer um post dividindo os fakes dos reais, incluindo desde os mais verossímeis até que nem eram tanto assim.
Mas, assim como qualquer um pode bancar uma mentira no Twitter ou pegar uma foto antiga e jogar no Instagram, qualquer um também pode desmentir uma farsa. E isso acontece de fato, como destaca John Herrman, do BuzzFeed.
A capacidade do Twitter de espalhar informações falsas é mais que cancelada por sua autocorreção selvagem. Em resposta a milhares de retweets das notícias incorretas do Weather Channel e da CNN de que a Bolsa de Valores de Nova York estaria alagada, vários usuários, repórteres ou não, foram implacáveis, postando fotos do lado de fora do prédio, mostrando-o sem qualquer alagamento.
Parece que o presente e o futuro próximo da informação serão transmitidos pelas redes sociais. E retuitados. E compartilhados. E corrigidos, se forem mentiras.