A famosa pintura “O Grito” pode ter sido inspirada em um tipo raro de nuvens

Um dos quadros mais famosos do mundo pode ser uma representação de um raro fenômeno atmosférico. Um novo trabalho propõe que O Grito, do pintor norueguês Edvard Munch, foi baseado na observação das chamadas nuvens polares estratosféricas, também conhecidas como nuvens nacaradas ou de madrepérola. • Art Selfie: Google ajuda a achar obra de arte […]

Um dos quadros mais famosos do mundo pode ser uma representação de um raro fenômeno atmosférico. Um novo trabalho propõe que O Grito, do pintor norueguês Edvard Munch, foi baseado na observação das chamadas nuvens polares estratosféricas, também conhecidas como nuvens nacaradas ou de madrepérola.

Art Selfie: Google ajuda a achar obra de arte que mais se parece com você
A mais recente restauração artística desastrada teve São Jorge como vítima

O estudo, realizado por uma equipe internacional de cientistas, foi publicado nesta semana no Bulletin of the American Meteorological Society. Eles se juntaram para tentar identificar qual fenômeno natural poderia ter inspirado Munch. A resposta mais provável é que o céu colorido do quadro foi inspirado em nuvens nacaradas.

Representação as nuvens madrepérola. Imagem: François Guerraz/Wikimedia Commons

Essas nuvens ocorrem em altas latitudes e são feitas de gelo ou ácido nítrico. Conforme a luz do nascer ou do pôr do sol incide sobre elas, o resultado é um céu com cores suaves e radiantes. A explicação faz sentido, se levarmos em consideração que o quadro foi pintado por Munch no sul da Noruega.

Outra possibilidade é que a obra tenha influência do que foi visto no céu após a erupção do Krakatoa de 1883 — dez anos antes da pintura, portanto. O fenômeno liberou aerossóis na atmosfera por todo o mundo, causando efeitos semelhantes aos vistos na pintura.

Ao site Earther, Alan Robock, professor do Departamento de Ciências Ambientais da Universidade Rutgers e um dos autores do estudo, disse que não dá para descartar completamente nenhuma das duas possibilidades, ou ainda de o quadro unir elementos das duas coisas. “Ele provavelmente viu alguma coisa, mas não teremos certeza do que era. A pintura é a mensagem dele para nós sobre o que ele sentiu ao ver aquilo.”

Imagem do topo: Nick Romanenko/Rutgers University

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas