O lado ruim da gadgetização dos carros

Um carro velho como o Thunderbird antigo que está estacionado aqui na rua em frente provavelmente vai rodar para sempre. O meu Honda Civic Hybrid, por outro lado, estará no ferro velho antes que a minha filhinha recém-nascida esteja na idade de ir para a universidade. Por quê? Porque a gadgetização dos carros está acabando […]

Um carro velho como o Thunderbird antigo que está estacionado aqui na rua em frente provavelmente vai rodar para sempre. O meu Honda Civic Hybrid, por outro lado, estará no ferro velho antes que a minha filhinha recém-nascida esteja na idade de ir para a universidade. Por quê? Porque a gadgetização dos carros está acabando com eles.

Como publicou o L.A. Times:

Um importante estudo sobre qualidade de automóveis descobriu que modelos novos ou relançamentos de 2011 foram menos confiáveis que a linha do ano anterior, em grande parte por causa dos novos sistemas de navegação de alta tecnologia, que não funcionaram corretamente.

J. D. Power descobriu que a qualidade média dos carros decaiu em 2011, especialmente entre veículos fabricados nos EUA, principalmente por causa dos componentes eletrônicos a bordo, como sistemas de navegação com telas de toque embutidos no painel, que frequentemente confundem e frustram os usuários. Ou os sistemas de transmissão computadorizados que são projetados para dar mais economia de combustível, mas passam um ar de insegurança para os usuários. Voltando ao meu Honda Civic Hybrid, ele nunca mais rodou tão bem depois da última atualização de software.

Pense nisso. Como parte da manutenção de rotina de um carro, eu agora tenho que fazer atualizações de firmware.

Quando eu era criança, pouquíssimos carros tinham algum tipo de sistema computadorizado. Hoje, os carros em geral têm de 30 a 70 computadores embutidos. Muitos veículos têm até 100 milhões de linhas de código neles. Computadores controlam a transmissão, sistema de diagnóstico, controle de climatização, sistemas de entretenimento, navegação, comunicações, frenagem e muito, muito mais. Sem falar do Prius, que é basicamente um microprocessador sobre rodas.

Nossos carros se tornaram gadgets de transporte. E como qualquer gadget, eles se tornarão obsoletos mais rápido, e serão mais propensos a apresentar problemas. E também temos o problema do hacking de carros: hackers já conseguiram desabilitar computadores de carros em movimento, à distância, no meio de uma rodovia.

Eu adoro toda a conveniência que os carros modernos nos dão. É sério, eu adoro. Mas também dá pra elogiar bastante um T-Bird ou Buick ou Volkswagon completamente manual que pode essencialmente ser consertado infinitas vezes com algumas ferramentas e um bom mecânico com macacão engraxado.

O que você acha? A gadgetização dos carros é mais positiva do que negativa, ou você também sente medo que não teremos mais carros simples e manuais? [J.D. Power via Los Angeles Times]

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