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O lixo espacial está fora de controle

O lixo espacial não está sendo produzido só agora, ele existe desde que o homem começou a explorar o espaço lá em 1950.

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imagem: ESA / reprodução

Você talvez nem faça ideia, mas existe um cemitério gigante sob as nossas cabeças: o dos restos de lixo espacial que orbitam a Terra. E esse mundaréu de lixo está sem controle.

Nada feito pelo homem dura para sempre. Então, não é difícil entender que boa parte dessa tralha tecnológica enviada para o espaço tenha se tornado inútil com o tempo — e, por não ter voltado para a Terra para ter um fim mais “ecológico”.

Um bom exemplo são os cerca de 40 satélites de internet lançados em órbita pela Starlink, de Elon Musk. Entretanto, ficaram inutilizáveis após uma tempestade solar. Mas a conta vai muito mais além.

Lixo espacial é tudo que deixa de ser útil e fica “vagando” sem serventia pelo espaço. Pode ser desde uma nave espacial quebrada irrecuperável, ou até uma lasca de tinta do tamanho de um grão de sal — que apesar de parecer pequena, pode perfurar a roupa de um astronauta e causar graves danos.

Um relatório da NASA, mostrou que apenas na Órbita Baixa da Terra (LEO), existem pelo menos 26 mil fragmentos iguais ou maiores que uma bola de beisebol, grandes o suficiente para destruir um satélite.

Há também outros 500 mil pedacinhos com dimensões de uma bolinha de gude e mais de 100 milhões semelhantes a um grão de sal.

Além da NASA, dados da Agência Espacial Europeia (ESA, também mostram que esse lixo está sem controle. Segundo suas estimativas, haveria cerca de 7.800 satélites no espaço, muitos deles inativos. São cerca de 36.500 pedaços de detritos espaciais que ultrapassam 10 centímetros.

Nenhum desses dados inclui o recente acontecimento da colisão de lixo espacial na lua, que acabou criando outra cratera na superfície lunar.

O caso aconteceu no dia 4 de março e até agora não se sabe se foi o foguete com tamanho de um ônibus é da SpaceX ou da China. Contudo, ambas as partes negaram ser responsáveis pelo objeto em questão.

O lixo espacial é monitorado?

Sim. Entretanto, nem tudo tem um acompanhamento de perto, o principal foco de monitoramento é a região LEO (depósito de lixo espacial orbital/ parte “mais baixa” do espaço) que já está sendo considerado um ferro-velho.

Segundo a NASA, a maior parte do “lixo espacial” está se movendo muito rápido e pode atingir velocidades de 20mil/km por hora, quase sete vezes mais rápido que uma bala.

Ainda conforme a empresa, não existem leis internacionais que obriguem a limpeza do espaço, o que deixa essa montanha de lixo cada vez mais incontrolável.

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