O passado do ex-ministro das finanças da Grécia envolve games e micro transações de chapéus

por Bruno Izidro A Grécia está atualmente no centro das atenções mundiais. Não, não é uma nova guerra de Troia ou os cavaleiros subindo novamente as 12 casas do santuário, e sim uma crise financeira braba, que afeta o país e repercute em toda a Europa. O problema é grana, então é claro que o […]

por Bruno Izidro

A Grécia está atualmente no centro das atenções mundiais. Não, não é uma nova guerra de Troia ou os cavaleiros subindo novamente as 12 casas do santuário, e sim uma crise financeira braba, que afeta o país e repercute em toda a Europa. O problema é grana, então é claro que o Ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, se tornou uma das figuras mais importantes por lá. Ainda mais quando ele renunciou ao cargo na semana passada.

Porém, o que mais nos interessa aqui é o passado de Varoufakis. Um passado que é cheio de micro transações, jogos free-to-play e chapéus. Isso porque, antes de aceitar o cargo de ministro na Grécia no início desse ano, Varoufakis era o economista consultor da Valve e ajudou muito a melhorar o sistema financeiro do Steam, o que afetou diretamente muitos dos usuários do serviço.

Yanis Varoufakis começou a trabalhar para a Valve em 2012, quando o próprio Gabe Newell abordou o economista com um “email estranho”, falando como a empresa estava com problemas para lidar com as economias virtuais que ela havia criado no Steam. Varoufakis pouco se interessava por games. Na verdade, o último contato que havia tido com jogos tinha sido com Space Invaders, na época da faculdade, mas sendo um acadêmico ele se sentiu atraído por estudar o tipo de economia que a Valve estava desenvolvendo dentro do Steam.

Logo após entrar na empresa, ele criou um blog chamado “Valve Economics” (em inglês), onde compartilhava histórias como a abordagem de Gabe Newell descrita acima e analisava, do ponto de vista econômico, o modelo de micro transações dentro de jogos como Team Fortress 2 e seus inúmeros chapéus e itens cosméticos. Uma visão interessante e que nos faz compreender, de maneira mais técnica, como a Valve consegue tirar tanto dinheiro da gente.

A contribuição de Varoufakis também se viu em muitas decisões da Valve com seus jogos. Não por acaso, após a entrada dele vimos a empresa apostar cada vez mais em games que conseguem se manter rentáveis por muito tempo, como Counter-Striker: Global Offensive, em modelos free-to-play, como Dota 2, e ficar mais agressiva nas já citadas micro transações de TF 2.

Também não é difícil ver a influência do agora ex-ministro da Grécia na criação do sistema de venda e compra das cartas do jogos no Steam, o que criou praticamente uma economia virtual paralela dentro da loja, com lei de oferta e demanda e auto-regulação. Afinal, quem nunca vendeu todas aquelas cartas pra conseguir uma bela grana e comprar aquele jogo indie sem gastar nada no Summer Sale, não é?

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Como dá para perceber, Varoufakis certamente faz falta para a Valve e agora que ele está desempregado, quem sabe Gabe não mande outro email para o economista? Ele não salvou a Grécia, mas consegue muito bem ajudar a Valve a nos falir um pouco mais com suas ações no Steam.

Fonte: [Valve Economics]

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