O que aconteceria se um asteroide caísse no Brasil? Veja neste simulador
O desenvolvedor americano Neal Agarwal lançou nesta semana um novo site que permite simular os efeitos de um impacto de um asteroide em diferentes regiões do planeta — inclusive no Brasil. Para simular a queda do asteroide, basta acessar o site (neste link).
O simulador “Asteroide Launcher” – disponível no site Neal.Fun – permite definir o tipo de asteroide, qual o tamanho dele, bem como a velocidade e ângulo que ele atinge a Terra. Além disso, o site apresenta várias estatísticas, como o tamanho da cratera formada, a energia liberada e até mesmo quantas pessoas morreriam no impacto.
O site possibilita escolher asteroides com tamanhos entre 3 pés (cerca de 1 metro) a até 1 milha (1,6 km) de diâmetro. A efeito de comparação, o asteroide Dimorphos, que foi atingido recentemente pela missão DART, da NASA, tinha 160 metros de largura.
Se adotarmos o centro da cidade de São Paulo como local de impacto, e selecionar um asteroide comparável com o tamanho de Dimorphos, caindo a 38 mil milhas por hora (ou 61,2 mil km/h) e a um ângulo de 45º, a força do impacto geraria 109 megatons de TNT – energia esta maior do que a erupção do vulcão Krakatoa, em 1883.
A cratera formada teria 2,7 quilômetros de diâmetro e mais de 28 mil pessoas morreriam instantaneamente, somente na região do interior da cratera. Já a onda de choque liberada pela força da explosão mataria outras 828 mil pessoas nos arredores.
A conta da mortalidade não para por aí. Estima-se que 3,2 milhões de pessoas morreriam com as rajadas de vento de 10 mil km/hora, e mais 1.500 pessoas por conta do terremoto gerado após impacto com escala 5,8 de magnitude – sendo sentido a 40 km de distância.
Além disso, qualquer pessoa em um raio de 9 km da cratera sofreria danos pulmonares. E aqueles que tiverem em um raio de 12 km teriam os seus tímpanos rompidos, por conta do barulho da explosão — de incríveis 236 decibéis.
Prédios localizados a até 27 km do local da queda do asteroide seriam destruídos. Quase todas as árvores seriam derrubadas a 30 km de distância.
E se cair um asteroide?
Atualmente, existem vários programas ao redor do mundo dedicados a caçar asteroides e cometas potencialmente assassinos. Em paralelo, missões espaciais, como a DART, buscam encontrar maneiras de evitar impactos, caso seja encontrado um objeto vindo em direção à Terra.
Até o momento, já foram catalogados mais de 2.300 asteroides considerados potencialmente perigosos, por se aproximarem a menos de 7 milhões de quilômetros da Terra. Felizmente, nenhum deles apresenta um risco real de impacto nas próximas décadas.