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O que aconteceu com a Motorola?

Lembra quando o Milestone era um sonho de consumo, o melhor aparelho com Android e que salvou a Motorola de cair na irrelevância? Pois é, a Motorola teve uma boa vantagem inicial no Android, mas não manteve o ritmo: enquanto Samsung, HTC, Sony Ericsson e LG cresceram no último ano, a Motorola estagnou. O que […]

Lembra quando o Milestone era um sonho de consumo, o melhor aparelho com Android e que salvou a Motorola de cair na irrelevância? Pois é, a Motorola teve uma boa vantagem inicial no Android, mas não manteve o ritmo: enquanto Samsung, HTC, Sony Ericsson e LG cresceram no último ano, a Motorola estagnou. O que aconteceu?

O Wall Street Journal procurou descobrir. Os motivos, ao que parece, são três. Primeiro, a natureza aberta do Android: com a investida de empresas como Samsung e LG, ficou difícil manter ou ganhar espaço no mercado de smartphones com Android. Usar o Android “deixou mais difícil para as fabricantes de celular diferenciarem seus produtos”, diz o WSJ. (Por isso a Nokia não seguiu este caminho.)

A Motorola diz que tenta se diferenciar “criando novas formas para as pessoas usarem os celulares, de computação móvel a entretenimento em casa”. Trata-se, claro, do Atrix. Depois de perder os holofotes para o Samsung Galaxy S ano passado, a Motorola estava pronta para dominar o palco novamente. Mas o que antes era um smartphone dos sonhos que até virava laptop acabou não realizando a promessa: “falta algo que justifique o preço e todo o marketing de smartphone mais poderoso do mundo”, disse o Pedro em nosso review. Nem a base para transformá-lo em computador compensa: “o Lapdock é um netbook piorado, e caro”. Foi chegar o Samsung Galaxy S II, e o Atrix pôde ser esquecido.

O segundo motivo, segundo Sanjay Jha, CEO da Motorola Mobility, foi o “marketing fraco” tanto para o Atrix, como para o tablet Xoom. (Veja esta propaganda acima do Xoom, por exemplo.) Afinal, a culpa não pode ser dos produtos: “vocês viram com o Atrix e o Xoom, nós temos produtos muito, muito bons”, diz Jha. Sim, concordamos que o Atrix e o Xoom são bons aparelhos, mas eles custam caro – e a concorrência faz melhor.

O motivo derradeiro é mais voltado para os EUA: o Milestone (Droid) foi vendido com exclusividade pela operadora Verizon, e fez sucesso lá depois de forte campanha publicitária, e porque a concorrência era menor – basicamente, o iPhone. Hoje, a Verizon dá menos destaque para produtos da Motorola – a operadora agora vende iPhones.

E enquanto boatos sobre outras fabricantes já mencionam aparelhos com Ice Cream Sandwich, a próxima versão do Android, tudo o que temos da Motorola são aparelhos semelhantes ao Atrix (como o Photon) e a terceira geração do Milestone, lançada na surdina em terras chinesas, e sem cerimônia nos EUA. Como a Motorola pode virar esse jogo? [Wall Street Journal]

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