O resumo da discussão sobre tablets da semana

Esta foi uma semana de tablets, ou de um tablet específico. E como muitas vezes existe uma relação de ódio absoluto (ou amor incondicional) à empresa que o fabrica,  algumas pessoas não conseguiram ler através das notícias publicadas neste Gizmodo. E resolvemos organizar este guia do que você precisa saber para ter uma boa discussão […]

Esta foi uma semana de tablets, ou de um tablet específico. E como muitas vezes existe uma relação de ódio absoluto (ou amor incondicional) à empresa que o fabrica,  algumas pessoas não conseguiram ler através das notícias publicadas neste Gizmodo. E resolvemos organizar este guia do que você precisa saber para ter uma boa discussão de bar sobre o iPad 2 e os novos tablets:

1. O iPad 2 foi lançado e, ao contrário do que muitos inferiram, nós – e nenhum especialista decente – não dissemos que ele era sensacional ou revolucionário. Ele foi basicamente o que esperávamos em termos de capacidade de processamento e câmeras (quesito que é notadamente pior que os adversários diretos), basicamente igualando a briga com os rivais. Mas ele continua superior em duas coisas que Steve Jobs (e eu, para constar) acha fundamentais: tempo de bateria e, principalmente, preço. O design e os materiais empregados também são superiores. De todo modo, alguns detalhes de hardware podem ser importantes – e neste caso, o Xoom parece leva algumas vantagens interessantes, como você pode ver neste comparativo.

2. Os concorrentes do iPad 2 dificilmente terão chance em 2011. Não porque são “piores”. Mas, basicamente, porque eles serão mais caros – ou terão o mesmo preço. A nossa análise tão criticada por odiadores da Apple foi centrada nisso: preço. Não há como competir numa categoria que tem um domínio total do chamado “mindshare” (pergunte a uma pessoa o que vem à cabeça quando ela pensa em tablet) se você não mostra vantagens significativas em preço e em hardware/software. Isso não aconteceu ainda – e torcemos para que aconteça.

O outro fator importante para o sucesso no médio prazo do iPad 2 é que para o que as pessoas esperam de um tablet hoje (ler, navegar casualmente na internet, jogar, apps específicos), não há concorrência, devido ao ecossistema de aplicativos e publicações. De novo: isso não tem a ver com a preferência de A ou B, mas a simples constatação de um fato. Posso fazer outra analogia: eu amo o ZuneHD, acho que ele tem mil vantagens sobre o iPod, mas reconheci de cara que ele não teria chance, seria um produto de nicho, mesmo mais barato. É uma questão de colocar a sua preferência pessoal de lado e analisar o mercado maior. Não é trivial. E confirmando que eu não estava tão maluco assim, no dia seguinte ao meu post, a Microsoft anunciou que não fará tablets até o fim do ano que vem. E ontem, o VP da Samsung disse que teria que reavaliar o preço do seu Tab 10.1.

3. O Xoom não é ruim, de forma alguma – ele só aparentemente não é tudo que esperávamos, pelas resenhas que já vimos. Pelo pouco que experimentei do sistema, achei o Honeycomb desapontador pelo que espero de um tablet, mas outras pessoas acharam ótimo – mesmo com alguns bugs, ele tem um claro potencial para ser melhor que o iPad 2 no quesito “substituto de notebook”, com suas notificações e multitarefa superiores. No Frankenreview que publicamos havia esse tipo de opinião, compartilhada pelos nossos amigos do Gizmodo americano nesta resenha – se você não entende inglês, ao menos assista o vídeo. Ainda não o traduzimos porque, como no caso do Milestone, vamos fazer uma resenha local, porque acreditamos que ele pode ter algumas especificidades nacionais – e o preço aqui vai ser bastante importante. De todo modo, muita calma nessa hora de decretar que um é “muito melhor” que o outro. Quantos aqui já usaram o Xoom e o iPad longamente?

Então é isso: você tem agora vários links para ler e reler, para comentar o assunto mais importante de tecnologia deste ano – a briga dos tablets. Nós aqui temos bastante cuidado e pensamos um bocado antes de emitir nossas opiniões – e tentamos fazer isso da maneira mais objetiva possível. Achamos ótimo quando alguém discorda apresentando argumentos interessantes, enriquece o debate. Mas se você começar com o papo “quanto que a Apple pagou” (logo a Apple, que sequer chama o Gizmodo para eventos), com filtros de fanboys ou haters, você não precisa se dar ao trabalho de comentar.

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