O submarino robô que pode mapear praticamente cada centímetro do oceano

Enquanto o mundo aguarda a chegada da Curiosity a Marte, uma paisagem alienígena de 227,8 milhões de quilômetros mais próxima de casa permanece inexplorada. Para mapear as grandes profundidades do oceano, o Reino Unido desenvolveu um submarino não tripulado capaz de mergulhar a quilômetros no mar. Ele se chama Autosub6000. Este veículo subaquático autônomo revestido […]
Autosub6000.

Enquanto o mundo aguarda a chegada da Curiosity a Marte, uma paisagem alienígena de 227,8 milhões de quilômetros mais próxima de casa permanece inexplorada. Para mapear as grandes profundidades do oceano, o Reino Unido desenvolveu um submarino não tripulado capaz de mergulhar a quilômetros no mar.

Ele se chama Autosub6000. Este veículo subaquático autônomo revestido de titânio de 3 toneladas e 5,5 metros é o último de uma vasta linha de exploradores independentes do mar profundo  desenvolvido pelo Centro Oceanográfico Nacional, em Southampton. Como o nome dá a entender, o Autosub é capaz de aguentar a pressão de até 6 mil metros — profundo o bastante para explorar 90% dos oceanos existentes.

Em vez de ficar conectado ao navio-mãe através de um cordão umbilical de 6 km para receber energia e ser controlado, como veículos submarinos convencionais, o Autosub mergulha livremente. Seu roteiro de viagem é pré-programado antes do submersível ser lançado. Na água, até 12 baterias recarregáveis de polímero de íons de lítio aguenta, com uma recarga de cinco horas, energia o bastante para 60 horas ou 350 km de operação. Embora esse seja um grande progresso em relação aos modelos anteriores do Autosub que funcionavam com baterias D comuns (5500 delas, para ser mais exato), o Centro espera dobrar a capacidade operacional nos futuros modelos.

Como o Autosub funciona sem intervenção humana, ele usa navegação por GPS quando está na superfície e um Sistema de Navegação Inerte baseado em um giroscópio a fibra óptica (FOG) PHINS, da Ixsea, combinado com um Perfilador Acústico de Correntes pelo Efeito Doppler de 300 KHz da RD Instruments, que permite ao submarino manter uma altura constante em relação ao solo do oceano acompanhando as mudanças do terreno. Como um sensor colocado no nariz da embarcação coleta dados científicos, ele também usa um sonar frontal para detectar e evitar colisões em recifes, fumarolas negras, elevações no solo e outros obstáculos. “Além do correto funcionamento do veículo durante suas explorações em profundidades extremas, o que particularmente me fascina é termos desenvolvido o controle e sistemas que evitam obstáculos de tal forma que podemos enviar, sem medo, o veículo não tripulado a locais difíceis e hostis. Isso nos conduzirá a campanhas mais desafiadores e interessantes no futuro,” disse Steve McPhail, chefe do projeto Autosub6000. [BBC News – Science Daily – NOC – These Are the Voyages – AUVAC – Imagem: NOC]

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