Observatório de Arecibo, conhecido por buscar vida alienígena, sofre mais um incidente

É a segunda vez que a instalação sofre avarias. Local é conhecido por investigar vida extraterrestre e descobrir planetas habitáveis.
Observatório de Arecibo danificado em agosto de 2020. Imagem: UCF Today
A parabólica danificada em Arecibo, em agosto de 2020. Imagem: UCF Today

Depois de sofrer um incidente em que um de seus cabos de ligação se soltou, o Observatório de Arecibo, em Porto Rico, agora enfrenta o problema em dobro: mais um cabo caiu sobre o enorme disco refletor da instalação, que segue sem previsão de retomar os trabalhos.

O cabo de suporte principal do Observatório quebrou e caiu no disco (também chamado de prato) por volta das 19h30 no horário de Porto Rico (20h30 pelo horário de Brasília), na última sexta-feira (6). Segundo o UCF Today, a extensão dos danos ainda não é conhecida, mas o prato foi danificado ainda mais, assim como alguns cabos próximos. Ninguém ficou ferido, mas uma zona de segurança foi montada ao redor da instalação como precaução.

Aqui está o que o diretor do observatório Francisco Cordova disse na última segunda-feira (9), em resposta ao último incidente:

“Certamente não era isso que queríamos ver, mas o importante é que ninguém se feriu. Fomos cuidadosos em nossa avaliação e priorizamos a segurança no planejamento de reparos que deveriam começar na terça-feira. Agora isso. Há muita incerteza até que possamos estabilizar a estrutura. Tem toda a nossa atenção. Estamos avaliando a situação com nossos especialistas e esperamos ter mais informações para compartilhar em breve.”

A equipe de resposta tentará reduzir a tensão nos cabos existentes instalando reforços de aço. A equipe também espera agilizar a aquisição de dois novos cabos de suporte encomendados. Esses planos podem evoluir nos próximos dias, conforme a situação for avaliada mais detalhadamente. Contudo, o principal objetivo agora é encontrar uma maneira de estabilizar a estrutura e evitar novos incidentes.

O primeiro deles aconteceu em 10 de agosto, quando um cabo auxiliar de pouco mais de 7 cm de espessura caiu no prato refletor principal do observatório, criando um corte também de 7 cm de comprimento. De acordo com funcionários, o motivo da falha ainda não foi determinado, mas o cabo auxiliar parece ter saído do soquete.

Este não parece ser o caso do cabo principal, que simplesmente se partiu, possivelmente devido ao peso extra imposto aos cabos restantes. Os trabalhadores estavam cientes da quebra de fios no cabo principal e os engenheiros estavam programados para fazer reparos de emergência nesta semana.

Observatório de Arecibo em Porto Rico. Imagem: UCF Today

Este era o Observatório em 2019. Imagem: UCF Today

Assim como o cabo auxiliar que se rompeu, o cabo principal se conecta à torre de suporte principal. O incidente de agosto também resultou em danos ao Domo Gregoriano e à plataforma usada para acessá-lo. A instalação em Arecibo é administrada pela University of Central Florida em nome da U.S. National Science Foundation, sob um acordo de cooperação com a Universidad Ana G. Méndez e a Yang Enterprises.

O progresso em Arecibo tem sido lento desde o incidente de agosto. As autoridades têm enfrentado dificuldades para localizar a causa da falha do cabo auxiliar. O soquete que soltou o cabo, por exemplo, foi enviado à NASA para uma análise forense. Funcionários da Arecibo haviam pedido à Fundação Nacional de Ciência os recursos necessários para fazer reparos temporários, mas o custo projetado dos reparos ainda não é conhecido. O observatório, construído na década de 1960, tem uma longa história de incerteza fiscal, além de sofrer danos causados ​​por furacões e terremotos.

Entramos em contato para saber mais sobre os danos recentes e outros detalhes, e atualizaremos este texto se tivermos uma resposta.

Isso é muito triste, já que Arecibo apresenta alguns dos trabalhos científicos mais valiosos do mundo. Além de contribuir para a busca por inteligência extraterrestre, a parabólica é utilizada para radioastronomia e ciências atmosféricas e planetárias. É importante ressaltar que o observatório também está à procura de objetos próximos à Terra potencialmente perigosos.

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