Observe células de câncer se espalharem pela superfície de um microchip

Observar células cancerígenas correndo na superfície de um microchip é hipnotizante. A maior parte delas se junta e faz um progresso constante. Outras tentam cobrir grandes distâncias de forma agressiva. Cientistas dizem que essa capacidade de ver o avanço das células de câncer será útil para descobrir como pará-las de uma vez por todas. Para […]

Observar células cancerígenas correndo na superfície de um microchip é hipnotizante. A maior parte delas se junta e faz um progresso constante. Outras tentam cobrir grandes distâncias de forma agressiva. Cientistas dizem que essa capacidade de ver o avanço das células de câncer será útil para descobrir como pará-las de uma vez por todas.

Para esse estudo, publicado na Nature Materials, pesquisadores conseguiram registrar imagens de células cancerígenas que foram submetidas à transição epitelial-mesenquimal (EMT, na sigla em inglês), um processo no qual as células epiteliais, que tendem a ficarem juntas em tecidos, se tornam células mesenquimais, que se dispersam e migram individualmente. Isso, explica o EurekaAlert, é um processo benéfico que permite que as células avancem em um embrião e estabeleçam tecidos especializados. Para o estudo, as células migraram através de um dispositivo que imitava o tecido ao redor de um tumor.

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“As pessoas realmente estão interessadas em como EMT funciona e como isso pode ser associado ao avanço de um tumor, mas ninguém tinha visto como isso funciona”, diz o autor Ian Y. Wong, professor-assistente da Escola Brown de Engenharia e do Centro de Engenharia Biomédica.

Eis como o processo funciona:

Para chegar a essa nova visualização de como as células cancerígenas se movem, os pesquisadores pegaram emprestadas técnicas de processamento de microeletrônicos para padronizar recursos miniaturizados em placas de silício, que foram então replicadas em um plástico borrachudo chamado PDMS. O dispositivo consiste em uma pequena placa, com meio milímetro quadrado, coberta por uma gama de pilares microscópicos. Os pilares, com cerca de 10 micrômetros de diâmetro e distância de 10 micrômetros, deixam espaço o bastante para as células caminharem. Usando microscópios e time-lapses, os pesquisadores podem observar as células enquanto elas atravessam a placa.

“É basicamente uma corrida com obstáculos para células”, disse Wong. “Podemos rastrear células individuais, e, por causa do tamanho e espaçamento dos pilares, podemos começar análises estatísticas e categorização das células com base na forma como elas se movem.” Para informações mais aprofundadas, confira o EurekaAlert. [EurekaAlert]

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