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Olá, Rodrigo Ghedin. Seja bem-vindo ao Gizmodo!

A família Gizmodo ganhou um novo membro oficial e permanente: Rodrigo Ghedin, veteraníssimo de blogs de tecnologia, mentor do ótimo Gemind (que teve até participação nossa em seu último podcast) e gente-boa-de-maneira-geral estará agora todos os dias aqui conosco. Mas quem é este rapaz equilibrado e entendedor do assunto, que aparece no Twitter meio de […]

A família Gizmodo ganhou um novo membro oficial e permanente: Rodrigo Ghedin, veteraníssimo de blogs de tecnologia, mentor do ótimo Gemind (que teve até participação nossa em seu último podcast) e gente-boa-de-maneira-geral estará agora todos os dias aqui conosco. Mas quem é este rapaz equilibrado e entendedor do assunto, que aparece no Twitter meio de lado e aparece nas fotos comendo? Nesta pequena entrevista vamos conhecer um pouco mais de Rodrigo Ghedin, de Paranavaí para o mundo:

Giz: Quem não reconhece seu nome de cara sabe que já leu em algum lugar. Por quê? Onde você escreveu e desde quando digita coisas sobre tecnologia? (Esta é a deixa para você contar a sua história)

Ghedin: Já passei por um monte de sites, entre próprios e como contratado: WinAjuda, Guia do PC, Meio Bit, TechTudo, Gemind… Sou quase um Túlio Maravilha dos blogs. Ainda que o leitor não se lembre do meu rosto formoso, se ele acompanha tecnologia pra valer já deve ter lido algum texto meu por aí — ou aqui mesmo, no Giz, pelos freelas que fiz nos últimos meses.

Comecei essa vida em 2002. Entre um bate-papo no IRC e tópicos no fórum do Guia do Hardware, descobri uma apostila de HTML no SuperDownloads. Dei uma lida e vi que, hey, esse negócio não é tão difícil assim. Algumas semanas depois nascia o WinAjuda e, com ele, minha carreira — que só assumi como tal em 2008~2009; antes encarava como um hobby paralelo ao curso em Direito. Até hoje não sei porque fiz Direito.

Como é Paranavaí? É realmente a mistura do Paraná e o Havaí que todo mundo pensa? É tranquilo escrever sobre tecnologia de qualquer lugar?

Paranavaí é a mistura de Paraná e Ivaí, a cidade fica entre esses dois rios. Nada próximo do Havaí, infelizmente :-/
Aqui é bem tranquilo, viu. É uma cidade pequena (~80 mil habitantes), dá para atravessá-la em menos de 10 minutos e embora as opções de lazer e cultura não cheguem nem perto das de uma cidade de médio ou grande porte, houve progressos nos últimos anos. Já temos até shopping, veja você, e tem um barzinho que toca pop/rock para salvar a noite, uma raridade na região (por aqui é sertanejo, sertanejo e… sertanejo). O que eu mais gosto de Paranavaí é a tranquilidade, o acesso fácil e rápido a qualquer lugar, o ritmo mais lento de tudo e todos… E aqui ainda tem quermesse e churrasco de igreja.

Nunca tive problemas em escrever sobre tecnologia daqui, o sistema home office funciona comigo e me dá essa flexibilidade de poder trabalhar de qualquer lugar. Tem lá seus problemas (tem semana que passo sem pisar fora de casa), mas desvantagens qualquer solução tem. Imagino que, por exemplo, trabalhar em escritório também tenha seus prós e contras. O único problema grave mesmo disso tudo é estar longe de São Paulo, logo, longe de onde acontecem coletivas e eventos. Praticamente tudo rola por lá e deslocar-se a todo momento não é barato e cansa muito.

Fale-nos sobre o seu equipamento. Celular, tablet, computador, microondas… Quais são os gadgets que você mais usa?

Tenho um desktop frankenstein que montei em 2006 e desde então vem recebendo melhorias, sendo atualizado. É minha ferramenta de trabalho e máquina de jogos, nos últimos tempos (in)felizmente muito mais a primeira do que a segunda. Não gosto de notebook porque a ergonomia é ruim, e como não me locomovo muito, o desktop acaba sendo a melhor opção. Tenho ainda um iPad 2 16 GB Wi-Fi, meu celular é um Samsung Galaxy 5 (espero que não por muito tempo porque… né?) e também tenho um Kindle de segunda geração. Não sei se entraria na categoria gadget, mas a coisa mais estranha que tenho é uma Power Ball que ganhei de uma ex-namorada preocupada com minha inevitável futura LER/DORT. Ela brilha e tudo mais e sempre que alguém chega em casa e a vê, vira o assunto da conversa por um bom tempo.

Não tenho muito apego a objetos e produtos e tudo mais, por isso tenho relativamente poucos gadgets. Tudo o que vejo não estar em uso passo pra frente. Recentemente, por exemplo, vendi meu Xbox 360 e um netbook para comprar o iPad. Um negocião, devo dizer.

Ei, você também tem um iPad 2. Já descobriu pra que serve ele?

Olha aí que pergunta difícil. Costumo dizer que a única certeza que alguém tem ao comprar um iPad é que ele vai encontrar utilidade para o tablet. Grandes chances de serem várias utilidades. O que me motivou a comprar o meu foi ter um dispositivo leve e fácil de manusear deitado para ler feeds e navegar na web. Depois que ele chegou descobri os (malditos) joguinhos viciantes, um monte de apps sensacionais, redes sociais e a killer feature do tablet: “TV pessoal” para assistir a filmes e séries.

É meio estranho eu recomendar sem dar um uso específico para o iPad, mas se você puder, compre. Há rumores, inclusive, de que ele seja auto regenerativo — o meu veio com um tipo de cisco embaixo da tela que, wow, desapareceu sozinho!

Qual o vídeo do Youtube que faz você rir sempre, mesmo depois de 35 mil vezes?

[youtube oavMtUWDBTM]

“I am very glad that I finally am returning home”, do Eduard Khil, a famosa “Trololo”. Ela não me faz rir, mas sorrir. Tem como ficar carrancudo e de mal com a vida ao ouvir essa pérola? Passam-se os anos e o cara continua distribuindo felicidade na gélida Rússia.

Eu também deixo este vídeo aqui nos bookmarks. É incrível a quantidade de situações onde ele se encaixa.

Se você tivesse que escolher um livro para mostrar ao mundo que é uma pessoa inteligente, qual você diria que está relendo pela terceira vez? E qual foi o último que você realmente leu?

Acho que o único livro que já li três vezes de fato: “Alta Fidelidade”, do Nick Hornby. O humor refinado de Hornby é muito, muito bom (desconsideremos eventuais escorregadas, como “Uma Longa Queda”). No momento estou no finalzinho de “Redes, Guia Prático”, do Morimoto. Para um analfabeto funcional em redes como eu, tem sido uma experiência enriquecedora.

Se nada der certo na vida, aliás, meu role model de trintão decadente é uma mistura de Rob Fleming com Jeff “The Dude” Lebowski. Eu espero que isso fique só como plano “B” e que as coisas se acertem no futuro e eu não precise chegar a tanto, mas nunca se sabe, né?

Depois de passar por veículos respeitáveis, acabou sendo abduzido pelo Gizmodo. Está preparado para ouvir malucos dizendo que somos pagos por alguma empresa e que somos “parciais” demais? Qual o segredo para conviver com os trolls?

Sempre tem uma galera insatisfeita, é impossível fugir disso. E, já adiantando para o pessoal, acho esse negócio de imparcialidade uma tremenda bobagem. Não existe, ponto. Não que eu vá ficar endeusando uma empresa/marca/produto em detrimento de outros, mas o que eu uso, faço e consumo tem influência no que eu escrevo. Se quiser algo imparcial, sugiro ler textos da Narrative Science.
Por todos os sites que passei, sempre deixei isso claro aos leitores. Eu vou expôr e defender a minha posição, mas eu quero saber a sua, os seus pontos, e sempre, sempre respeitarei seu espaço. Se eu errar, admitirei numa boa, de verdade. Estou aqui para aprender também. Isso tudo, claro, mantendo-se o nível e o respeito entre as partes. Apesar de raras, acredito bastante que dá para ter discussões cabeça e que agreguem na Internet.

Perguntas rápidas, A ou B. Mario ou Kratos?

Mario.

Restart ou Michel Teló?

Michel Teló (sacanagem essa, hein? :-P )

Acre ou Terra Média?

Acre.

Nyan Cat ou Keyboard Cat?

Keyboard Cat.

Miojo ou Hot Pocket?

Miojo (sem o tempero pronto; aproveito só o macarrão.)

Agora que já sabemos quem você realmente é, diga o que você acha que pode melhorar no Gizmodo. Quais são suas principais críticas e onde você poderá ajudar. (Eu me reservo ao direito de editar tudo depois)

Enquanto leitor, vejo que às vezes o clima esquenta nos comentários e alguns perdem a linha. Não sei como (participando? fazendo o papel do “deixa disso”?), mas espero poder ajudar a melhorar essa área também. O espaço para comentários enriquece pra caramba um blog, quanto melhor for o nosso, (ainda) melhor será o Giz.

Algo mais a dizer? Essa é a hora de você agradecer a todos os seus amigos pelo apoio até aqui.

Estou muito contente de fazer parte disso aqui. Quando eu, um rapaz latino-americano sem dinheiro no bolso e vindo do interior, imaginaria que um dia estaria escrevendo no Gizmodo!? O GIZMODO! Pois é. Farei o meu melhor para acrescentar ao blog. Aos interessados, eu também escrevo coisas sem ser sobre tecnologia no meu blog e gosto de fotografar. Tenho um Tumblr meio bobo e estou todo dia no Twitter e no Facebook — assine meu perfil, não me adicione; se você for gata (só gata), eu talvez abra uma exceção e te aceite como amiga.

E um alô especial para os agora ouvintes do Gemind/Gemcast, que recentemente transformou-se em um podcast de tecnologia o/

* * *

E é isso. A outra novidade é que o Fabio Bracht deixou o quadro fixo do site e está em tempo integral no Papo de Homem, volta e meia escrevendo sobre tecnologia com o que aprendeu por aqui. Ele continua nos nossos corações e promete colaborar de quando em vez.

E ah, outras grandes mudanças acontecerão nos próximos dias. O ano de 2012 demorou um pouco para começar pra gente, mas vai ser bem sensacional. Esperem pelas notícias. E dêem um abraço coletivo no Ghedin. =)

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